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Em 2023 só foram registados 61 casamentos em Tomar

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De 2022 para 2023 houve uma redução de 22% no número de casamentos registados na conservatória do Registo Civil de Tomar, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2022 foram registados 78 casamentos e no ano seguinte esse número baixou para 61.

A redução é ainda maior se compararmos com 2021, ano em que foram celebrados 88 casamentos.

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Para esta quebra terá contribuído o facto de a conservatória do Registo Civil de Tomar ter deixado de celebrar casamentos durante algum tempo por falta de funcionários e de conservadora.

Aliás em abril de 2023 chegou a estar afixado um aviso neste serviço onde se podia ler: “Nesta conservatória não organizamos processos de casamento, nem fazemos casamentos por não haver funcionários suficientes. Devem dirigir-se a outra conservatória mais próxima”.

Verificamos também na sociedade uma tendência para os casais viverem em união sem necessidade de haver registo oficial.

Ainda segundo o INE, nos últimos três anos foram celebrados em Tomar dois casamentos entre pessoas do mesmo sexo (feminino), um em 2021 e outro em 2023.  No mesmo período, não houve uniões oficializadas entre homens.

Outro dado interessante é a significativa redução de casamentos católicos. Em 2023, do total de casamentos registados na conservatória de Tomar, apenas 6,7% foram celebrados pela igreja católica, quando em 2021 essa percentagem era de 37,9%.

Casamentos celebrados em Tomar (registo civil)

Entre pessoas de sexo opostoEntre pessoas do mesmo sexo – feminino
2023601
202278
2021871

Fonte: INE

Obs. Nestes três anos não foram celebrados casamentos entre pessoas do sexo masculino em Tomar

 

Proporção de casamentos católicos (entre pessoas de sexo oposto – %) em Tomar

202120222023
37,9%19,2%6,7%

Fonte: INE

Registo Civil de Tomar deixou de fazer casamentos

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5 comentários

  1. Como tudo é mais caro em Tomar, relativamente às regiões confinantes, os custos com os casamentos seguem em linha, pelo que o pessoal, na hora de optar pela prisão perpétua em vez da boa vidinha em liberdade, vai casar longe…

  2. o que acontece é que os jovens tomarenses deixam a cidade lo falta de empregos atrativos. Nada há para além da hotelaria. Indústria e serviços especializados não há porque desde os anos 80 os políticos e os “intelectuais” locais entenderam que o futuro era o turismo dos tomarenses acreditam. Casar em Tomar e aqui constituir família? não é acaso o número de residentes baixar todas as décadas desde os anos 70.

    1. E o cavalheiro a dar-lhe com o turismo, como desculpa para quase tudo o que vai de mal a pior em Tomar! Simples preguiça mental, mesclada com desejos ardentes de proletariado à antiga. Porque será que em Tomar, ao contrário das outras cidades vizinhas, todas as indústrias tradicionais faliram, e nenhuma encontrou jamais quem a recuperasse?
      Indústria média e pesada em Tomar? E onde está a mão de obra especializada? E quem quer em Tomar ser operário, mesmo especializado, nos dias que correm? Indústrias modernas, não poluentes, competitivas e oferecendo ordenados de nível europeu? Quais? Onde é que há disso em Portugal?
      O turismo é a principal indústria na Grécia, em Espanha e na Itália, sendo a França o principal destino turístico a nível mundial, com mais de 85 milhões de visitantes estrangeiros em 2023. Porque motivo o turismo não serve em Tomar como motor de desenvolvimento económico? Porque os algarvios votaram no Chega nas legislativas? Não será já tempo de ir retirando os óculos marxistas, para ver melhor a realidade nabantina e portuguesa? As ideias fixas cansam e repelem.

      1. Deixe os preconceitos e as ideias feitas. Quem falou em indústria pesada? E no desejo do regresso do proletariado? A “sua” França é um bom exemplo do caminho da decadência com a desindustrialização. Mas tem melhor: Cuba, República Dominicana e Egipto. Chamar industria ao turismo (ou ao futebol) é brincar com as palavras. Indústria é transformar materiais e criar valor acrescentado. Não é fazer a cama, cozinhar para as visitas, servir refeições, limpar o que sujam e mostrar a casa. Por isso não há progressão de carreiras, mas sim ordenados baixos e maus horários. Também por isso têm que ser os imigrantes dos países pobres a garantir grande parte da hotelaria em Portugal. Enquanto outros mais ambiciosos migram para o litoral (não algarvio) ou para outros paises. Apesar de Portugal se ter vindo a transformar numa colônia de férias, no litoral há exemplos da atividade industrial com sucesso. Braga, Gaia, Aveiro, Leiria.O Turismo pode existir mas não pode ser a atividade económica principal. É um erro que leva à desertificação e estagnação das cidades que nele apostam.

        1. Até que enfim! Ao cabo de 50 anos após Abril, os conterrâneos de aquém e de além da ponte têm novamente pontos de concordância: “O turismo pode existir mas não [deve] ser a actividade económica principal.” Designadamente para evitar desastres existenciais como Veneza, Dubrovnik, Barcelona ou Mikonos, acrescento eu.
          Quanto ao meu escrito anterior, estou pronto a abandonar os alegados preconceitos e as ideias feitas, logo que o meu prezado contraditor deixe de recorrer a pós-conceitos e a ideias por fazer. Uma dessas ideias é a definição demasiado redutora de “indústria”, na qual não cabe, por exemplo a “indústria da hospitalidade”, que inclui o turismo, mas também os hospitais e lares da 3ª idade. Na sua opinião, os auxiliares de enfermagem e os trabalhadores hoteleiros em lares de acolhimento, por exemplo, trabalham em que sector? No comércio ou na indústria? Vai-me dizer que nos serviços, não é? Mas o turismo é isso mesmo: uma indústria de serviços, com as suas vantagens e inconvenientes, como qualquer outra.
          Sustentar que as sucessivas Câmaras nabantinas apostaram no turismo, é uma redonda mentira, pois aconteceu exactamente o oposto, conforme está à vista de qualquer um que não use óculos ideológicos. Só a presidente desta última é que optou mesmo pelo turismo, graças ao cambalacho conjunto com o Vila Galé. Largou a liderança camarária, que acabava em 2025 e apenas garantia 4 mil por mês mais alcavalas, por um tacho no turismo estatal, com a duração de 5 anos e mais de 5 mil euros mensais, acrescidos de vantagens várias. O socialismo à moda de Tomar tem destas coisas e outras que tais. Com os eleitores tomarenses impávidos e serenos, como se não fora nada com eles…

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