Apesar das denúncias e dos protestos dos vizinhos, a casa clandestina que a câmara de Tomar comprou no lugar de Cardelas, freguesia da Junceira, continua a sofreu obras de melhoramentos para receber uma família de etnia cigana do Flecheiro.
A habitação está implantada num terreno rústico, com uma área de 3.680m2, integrada na reserva agrícola e no perímetro de rega da barragem do Carril.
Segundo a escritura, o terreno é composto apenas por vinha e oliveiras, não havendo qualquer referência à habitação que lá existe, ou seja, é uma construção clandestina.
A Tejo Ambiente tem rejeitado pedidos para instalação de contadores e água canalizada, argumentando tratar-se de reserva agrícola, mas a câmara de Tomar já fez obras na polémica casa e está tudo preparado para ser colocado o contador. A casa foi toda pintada de novo, bem como o muro e portão de entrada da “quintinha”.
Os serviços de fiscalização da Direção Regional de Agricultura já estão a analisar esta situação, depois de uma denúncia por parte de uma moradora.
Opinião
O que a câmara de Tomar está a fazer em Cardelas é um escândalo com contornos que merecem uma profunda investigação.
Além das ilegalidades que estão a ser cometidas, há princípios de igualdade no tratamento dos munícipes que não estão a ser cumpridos.
Que moralidade tem a câmara para mandar demolir qualquer construção clandestina como já o fez, quando ela própria executa obras e realoja uma família numa casa clandestina? Que exemplo dá a câmara aos cidadãos no cumprimento da lei?
Uma câmara que habitualmente é tão escrupulosa e exigente, por vezes “mais papista que o Papa”, dá este exemplo de ilegalidade, de passar por cima de todas as regras.
Moradores e proprietários que há anos pretendem fazer obras ou instalar um simples contador de água são impedidos pela Tejo Ambiente e pela autarquia por se tratar de espaço agrícola. Agora, à câmara tudo é permitido?
A juntar a isto, estão os contornos suspeitos do negócio de compra do terreno por 42.500 euros e da falta de transparência em todo o processo,
Estamos perante um caso gravíssimo de impunidade, que pode ter consequências políticas. Sabemos que vai dar entrada no Ministério Público uma queixa sobre este caso que pode resultar na perda de mandato.
José Gaio
Câmara compra casa ilegal para realojar família de etnia cigana
Sinceramente e respeitando todas as opiniões, que também espero que respeitem a minha, não creio que a autarquia fosse cometer uma irregularidade destas, ainda para mais, quando os assuntos são todos escrutinados, tive a oportunidade de ouvir as explicações na reunião de Câmara e na assembleia Municipal, e sinceramente, digo mais uma vez, não acredito.
Faz o que quer e quando quer, até ao dia em que se fôr, esta senhora Câmara.
Não explica, não esclarece, a não ser à moda da Presidente, que é sempre eloquente e atabalhoada.
Esconde até mais não poder, e quando não pode, inventa.
A bem dizer…
Seja razoável! A história ainda dará razão à dona Anabela. Ainda hão-de chegar os asiáticos para construir a tal fábrica de não-sei-quê na zona industrial, que vai tirar Tomar das trevas. Mas não só! Também estão para chegar os dois empresários que irão comprar a Platex e pô-la a funcionar que é que nem umas bestas. Você vai ver. Só ainda não chegaram por causa da greve dos comboios.
Bom dia senhores.
O Car4los Martins está cheio de razão. Temos mesmo de levar isto com um certo humor.
A clandestinidade e a ilegalidade das obras é já um certo mudus viventi destas paragens.
Vale a pena contar alguns casos.
Era uma vez uma entidade cigana que fez uma casa, do chão ao telhado, toda clandestinazinha. Tem água e luz e número de porta.
Vivem do que vivem todos os ciganos: biscates e RSI.
Pois entenderam que o vizinho tinha o beiral de modo que não gostavam, chamaram os fiscais com participação à GNR e o vizinho, pai de filhos, pagador de impostos (e já arrependido de continuar a investir em Tomar) viu-se numa enorme alhada de milhares de euros, regularizou tudo e acabou a reparação nos moldes em que estava a fazer..
A correnteza de fiscais e GNR que para lá caminharam nunca conseguiram ver a obra completa da casa dos ciganos.
Nada contra os ciganos e as ciganas. Só que, acho que a Anabela e todo o pessoal – políticos e funcionários – que se conluiem com ela, deveriam saber minimamente o que é ser vizinho desta gente, que usam os vãos das entradas das casas alheias como cagadoiro.
O outro caso: O mercado municipal tem um telhado com umas chapas que são proibidíssimas em Tomar. Aquilo foi suborno ou foram ordens mesmo?
Mas o último caso é bem mais interessante:
Ao fundo da ladeira da Guerreira está uma venda de fruta de borda da estrada que não cumpre nem um dos imperativos legais para aquele tipo de actividade nem de construção.
Mas há motivos muito evidentes para que aquilo permaneça invisível, já que nem a ASAE que persegue os ciganos nos mercados e as grandes superfícies nas prateleiras, ou os fiscais da câmara tão ligeiros a multar quem se atreva a recuperar o telhado velho da casa do avô, não vejam aquela monstruosidade ilegal:
É que a barraca da fruta da borda da estrada, aquele negócio, pertence à família de uma senhora que, como me disseram, é “toda socialista”. Melhor ainda: “toda lá das mulheres socialistas”.
Agora só falta desmentirem isto que acabei de denunciar.
Mais uma excelente notícia para Tomar e em particular para os verdadeiros Tomarenses.
O céu é o limite, Tomar está cada vez melhor!
Não há ninguém com boa fé que diga o contrário!
Os verdadeiros Tomarenses são pessoas alegres e felizes, a vida com fé trás sucessos e progresso…
Os frustrados, não têm lugar em Tomar e devem simplesmente reduzir-se á sua insignificância e talvez quem sabe trabalhar para o C.M.