Desafios Demográficos
A pandemia causada pelo Covid-19 veio colocar a nu uma realidade que, apesar de todos termos consciência, pouca importância lhe atribuíamos: a demografia da população, mais concretamente uma população envelhecida.
21,3% dos portugueses têm mais de 65 anos. Dito de outra forma, temos em Portugal 153 idosos para cada 100 jovens. Somos o terceiro país da União Europeia em rácio de idosos para jovens. Milhares de idosos a viver em lares, centros de dia ou, muitas vezes, em isolamento nas suas próprias casas.
Infelizmente, não poucas vezes, depois de uma vida de esforço e de trabalho, dão-se situações de fragilidade, de abandono, de solidão, de maus tratos ou de miséria. É uma questão de direitos humanos, mas também de conhecimento, experiência e saberes que se perdem.
Situações que não são ainda mais graves pelo meritório trabalho de instituições, forças de segurança e voluntários. E situações que acontecerão cada vez mais.
Na Europa, em Portugal, e Tomar não é exceção, a percentagem de população idosa continua a aumentar. Estima-se que o número de idosos, com 60 anos ou mais, no mundo, duplique até 2050 e mais do que triplique até 2100 (passando de 962 milhões em 2017 para 2,1 mil milhões em 2050 e 3,1 mil milhões em 2100).
O número de pessoas com 80 anos ou mais deverá triplicar até 2050 (passando de 137 milhões em 2017, para 425 milhões em 2050). Atualmente, a Europa tem a maior fatia da população com 60 anos ou mais, ou seja, 25%.
O envelhecimento da população é uma das transformações sociais mais significativas do século XXI, com implicações transversais a todos os setores da sociedade. O que significa isto para o futuro? Poderá o envelhecimento da população comprometer a economia, o mercado laboral ou a segurança social?
Esta pandemia pode muito bem ser a oportunidade de encararmos esta realidade de outra forma e potenciar valores como a solidariedade, a generosidade e a humanidade. As políticas públicas devem apresentar respostas capazes, ao nível da saúde, da proteção social, da justiça e da economia. A forma como tratamos os mais velhos diz muito de nós enquanto seres humanos.
Devemos criar condições para uma transição gradual da vida ativa, aproveitando a vontade de quem, depois da reforma continua com capacidade para participar na nossa comunidade. O resultado será uma sociedade mais equilibrada entre gerações, onde aqueles que querem continuar a ter uma vida ativa e útil à medida que envelhecem encontram oportunidades para o fazer.
Há muito que falo da questão demográfica como um dos principais desafios do nosso concelho. Tomar está em recessão demográfica, não só com uma sangria populacional, de 2010 para 2018 perdemos 10% da população, como os dados mostram também que é um território envelhecido – em 2018 tínhamos 255 idosos para cada 100 jovens e com um decréscimo do número de nascimentos.
É urgente encararmos de frente os desafios demográficos, com soluções para a nossa terra, que sirvam a todas as gerações, as que nos precederam e as que se seguirão.
Tiago Carrão
*Vice-Presidente, PSD de Tomar
Por acaso sabe quando é que se acelerou a desertificação tomarense? Quando deixou de haver trabalho com perspectivas de carreira?Quando o trabalho possível se ficou pela função pública, servir as mesas e limpar residências? E verdade que o PS não se diferenciou, mas com tanta vontade de branquear o passado autárquico do seu partido, o Sr. Carrão, vice do PSD local ainda se arrisca a ficar conhecido por OMO-Carrão, lava mais branco.
Senhores que se acham ungidos para serem autarcas, quando acham que está assim mais na hora de darem, nas vistas, vai de perorar sobre tudo o que acham que é tema público e que, pelas suas intervenções pode contribuir para o prestígio que os há-de levar lá.
E de facto, bem podem debitar e tentar mostrar sabedoria, que ninguém liga peva.
Por várias razões:
A primeira é que se nota logo que, ao armarem.se em “tudólogos” se percebe rápido que não sabem do que falam. Ou seja: querem motrar que sabem de tudo o o que se vê é que não sabem de nada.
A segunda é porque nem sequer percebem que esse assunto nem é matéria autárquica.
A terceira e mais grave razão para a nossa falta de paciência é que, ao porem-se nos bicos dos pés para tentarem ser autarcas, falando do que manifestamente não sabem, colocam à evidência que nem sequer sabem bem das hipotéticas incumbências enquanto autarcas.
Deixá-los falá-los que eles calarão-se-ão.