A propósito da notícia com o título “Fábrica do Prado à venda por 14 milhões”, recebemos da imobiliária Covialvi, o seguinte esclarecimento:
“Remetendo para notícia publicada ontem dia 20 junho de 2023 no portal Tomar na Rede e respetivo facebook, com o título “Comprada por 1 milhão e meio de euros, fábrica do Prado à venda por 14 milhões”, na qualidade de proprietários do espaço vimos por este meio comunicar o nosso desagrado pela forma como a notícia é apresentada e por não por corresponder à realidade dos factos, dos quais passo a enumerar:
Destacamos em primeiro lugar que o imóvel se encontrou em processo de venda em leilão por vários anos e diferentes valores, sem que existisse qualquer proposta para aquisição do mesmo, tendo sido a nossa proposta a única a ser apresentada formalmente e aceite pela massa insolvente.
Relativamente ao investimento inicial por vós anunciado, este não corresponde de todo à realidade, tendo os montantes envolvidos na primeira fase aquisição do imóvel, e equipamentos já anteriormente adjudicados pela massa insolvente a outra empresa, os quais nós consideramos imprescindíveis para o sucesso do nosso projecto. De entre estes, destacamos todo o mobiliário existente tanto das áreas de escritório da fábrica como nos edifícios onde funcionavam os escritórios, dos quais faziam parte peças de mobiliário de valor histórico incluindo cofres com documentos com alguns séculos, monta cargas existentes dentro dos pavilhões industriais, ponte rolante, todo o equipamento da central hidroeléctrica, balança industrial, entre outros. Para além dos valores envolvidos na aquisição do imóvel e equipamentos foi ainda dispendido um valor elevado em estudos de mercado e viabilidade económica, e respectivos impostos inerentes ao negócio, que ultrapassam em muito o valor por vós enunciado.
Desde a aquisição do imóvel até esta data tem vindo a nossa empresa a realizar, de forma contínua, diversos trabalhos ao nível de demolição de elementos não compatíveis com o nosso projeto, nomeadamente a remoção de resíduos deixados ao abandono dentro das instalações e levados a vazadouro em empresas licenciadas, manutenção de coberturas, caixilharias e pavimentos, manutenção de toda a área florestal incluindo remoção de resíduos que foram sendo acumulados ao longo dos anos a vazadouro licenciado. Para além destes, também se tem realizado a limpeza do canal existente no interior da propriedade, assim como do leito do rio e ainda o restabelecimento de caminhos pedonais dentro da floresta por forma a permitir uma melhor circulação e manutenção da mesma, bem como trabalhos de topografia, projeto, estudos de mercado e de viabilidade econômica, entre outros, trabalhos esses que ascendem a muitas centenas de milhar de euros.
Importa referir que desde a aquisição, até esta data, têm estado em laboração na Prado vários equipamentos de apoio às demolições e manutenções atrás referidas, assim como uma equipa de pessoal que tem oscilado entre os 6 a 25 operários.
Consideramos que a vossa notícia em muito prejudica o bom nome da nossa empresa e em nada dignifica o imóvel em causa, pelo que agradecemos que a mesma seja objecto de enquadramento dentro da realidade actual”.