A câmara de Tomar assinou mais um contrato com o antropólogo André Camponês, por três anos, por 37.500 euros + IVA.
O contrato para “aquisição de serviços, na modalidade de avença, com grau de especialização em antropologia ou Sociologia” entrou em vigor a 1 de março, segundo a publicação no portal Base.
Compete a André Camponês a “definição de linhas orientadoras para a leitura do património cultural, artístico, histórico e imaterial de Tomar, com ênfase para a Festa dos Tabuleiros”; a “definição e implementação do plano de candidatura para a Festa dos Tabuleiros de Tomar à categoria de Património Cultural Imaterial da Humanidade atribuído pela UNESCO”; E a “implementação da Moagem Criativa – Fábrica das Artes, no Complexo Cultural da levada de Tomar”.
Segundo o contrato, para a referida candidatura, André Camponês tem as seguintes atribuições:
- Recolha da informação necessária para preencher os documentos de submissão e produção de um diagnóstico por escrito onde constarão um conjunto de recomendações que permitam alcançar os objetivos de valorização da Festa dos Tabuleiros de Tomar referidos no n.º 1, alínea b);
- Submissão de candidaturas para financiamento por terceiros com vista ao desenvolvimento de investigação relacionada com a história da Festa dos Tabuleiros no contexto local e nacional;
- Definição e redação de uma estratégia de coordenação do processo de candidatura, que inclui a implementação de uma estratégia de aproximação da comunidade local às memórias coletivas da Festa dos tabuleiros;
- Contribuir para a constituição da equipa de parceiros locais e nacionais mais adequados para a preparação da candidatura;
- Obrigação de envolver os diversos parceiros dos sectores cultural, científico e económico do Concelho de Tomar (Ensino, Arte, Ciência, Turismo)
Iniciado em dezembro de 2017, o processo de candidatura da Festa dos Tabuleiros a Património Nacional e posterior candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade foi apresentado publicamente no dia 31 de julho de 2019.
Na Direção Geral do Património Cultural, a candidatura foi apresentada pela câmara a 21 de julho de 2020.
Antes, em agosto de 2018, a autarquia contratou um primeiro “especialista” para preparar a candidatura. Em 2020 foi assinado o primeiro contrato com André Camponês, que agora foi renovado por mais três anos.
Entretanto, está a decorrer o prazo de consulta pública sobre a intenção de inscrever a Festa dos Tabuleiros no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
Durante 30 dias, qualquer pessoa pode dar a sua opinião sobre este processo. O anúncio da consulta pública, assinado pela Subdiretora-Geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, foi publicado no dia 28 de fevereiro em Diário da República.
Festa dos Tabuleiros como Património Cultural Imaterial? Diga de sua justiça