A Polícia Judiciária (PJ) deteve no dia 8 um bombeiro de 27 anos, pela presumível autoria de um crime de incêndio florestal, no dia 4 de julho, na Sertã.
O jornal Correio da Manhã fala em “desgosto amoroso” e adianta que o voluntário terá assumido a autoria do incêndio alegando uma perturbação emocional devido a problemas com a namorada.
O suspeito pertence ao quadro ativo dos Bombeiros Voluntários da Sertã, instituição que já emitiu um comunicado a demarcar-se da situação.
Segundo a PJ há “fortes suspeitas” de também ser o autor de pelo menos, mais dois incêndios ocorridos no ano de 2022 próximo do mesmo local.
“O suspeito, presumivelmente com uso de chama direta, ateou o incêndio em zona de vasta mancha florestal, povoada com mato e pinheiro bravo, confinante com a zona urbana. O incêndio acabou por não assumir proporções mais gravosas devido à rápida e eficaz intervenção dos bombeiros da Sertã”, refere a PJ em comunicado.
Acrescenta que “a atuação do homem colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, de habitações e a da mancha florestal com centenas de hectares”.
O detido ainda vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
A investigação esteve a cargo da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária, com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural do Centro e da Equipa de Proteção Florestal da GNR da Sertã.
A corporação da Sertã já veio a público “repudiar de forma veemente todos os comportamentos atentatórios com os valores e princípios fundamentais que norteiam os bombeiros, cujo principal objetivo é proteger a vida, o património e o ambiente”.
“Este é um momento muito difícil para os Bombeiros da Sertã, contudo não vamos permitir que as ações de um indivíduo manchem o labor diário realizado por todos os que integram e integraram as nossas fileiras em 108 anos de vida por vida”, garante a corporação num comunicado assinado pelo presidente da direção da Associação Humanitária, João Almeida, e pelo comandante Alexandre Silva.