A manhã começou agitada para as seis famílias de etnia cigana que moram no Centro de Apoio Comunitário Familiar, mais conhecido por bairro “Calé”, junto ao quartel da GNR de Tomar.
Uma operação policial na manhã desta quarta feira, dia 27, fez pelo menos um detido.
Elementos da Unidade Especial da Polícia, apoiados por agentes da PSP de Tomar, fizeram buscas em algumas habitações e viaturas. Houve recurso a detetores de metais.
Tudo indica que esta operação policial esteja relacionada com tráfico de droga, à semelhança de outras realizadas no mesmo local. Aguardamos o envio de um comunicado oficial.
Aquele bairro foi construído pela câmara para realojar famílias ciganas que residiam no Flecheiro. São cinco habitações e mais um edifício de apoio social que também foi transformado em habitação.
O conjunto habitacional custou aos cofres da autarquia cerca de meio milhão de euros. As obras começaram em junho de 2018 e as primeiras casas foram ocupadas antes do Natal de 2019.
Era para ser temporario….diziam o vereador e a presidente….
Numa terra com tão bons jornalistas, é certamente útil dar um contexto à notícia, para os leitores que entendem perceberem ainda melhor.
O “bairro calé” foi rebatizado “Centro de apoio comunitário temporário” para ultrapassar uma asneira básica dos cérebros municipais que temos. Quando projetaram, não se lembraram que as diretivas europeias proíbem a edificação com dinheiros de Bruxelas de “conjuntos habitacionais uniétnicos, como é o caso.
Esta operação policial, mais uma, vem confirmar que os tecnocratas da UE viram mal o problema quando inventaramn a diretriz em causa. Não só contrariaram aquele aforismo segundo o qual “todos gostam muito dos ciganos, mas ninguém os quer à porta”, como não pensaram na evidente vantagem dos bairros só para calés. Quando há rusgas policiais, o que é frequente, as autoridades não incomodam mais ninguém.
Neste caso portanto, mesmo sem querer, a câmara andou bem. Facilitou o sossego da população em geral. Pena que não seja sempre assim.
Hein? Mesmo a 7.000 kms de distância continua “up-to-date”…
E insiste, e insiste, e insiste, e insiste… nas parvoíces do costume