Iniciaram-se esta semana as obras de requalificação do largo do Rossio, em Cem Soldos, que se vão prolongar por seis meses. Pelo menos é esse o prazo previsto.
É uma empreitada a rondar os 967 mil euros adjudicada à empresa Manuel Pedro de Sousa & Filhos, Lda, de Alcobaça.
Esta obra vai renovar o largo principal da aldeia onde se realiza o festival Bons Sons. O projeto foi idealizado pelo gabinete Baldios – Arquitetos Paisagistas, Lda, de Lisboa e custou 25.830 euros.
É neste largo que se realizam os principais concertos do festival Bons Sons e onde se mantém a tradição do madeiro a arder na noite de Natal, que este ano terá de ser feito noutro local, em frente ao ringue.
O projeto prevê algumas alterações a nível de trânsito, de árvores, de iluminação e de pavimentos, entre outros aspetos, mantendo-se a possibilidade de realização de eventos na placa triangular central.
Está prevista a plantação de novas e mais árvores de modo a criar mais sombra, objetivo que se estende a algumas ruas adjacentes com a instalação de latadas com trepadeiras.
A superfície central do largo “será revestida com saibro estabilizado, e envolvida por espaços pavimentados em calçada de vidraço de 10x10cm, permitindo a circulação pedonal com maior conforto”, lê-se na memória descritiva.
A rua do Cerco, do lado nascente, vai ser calcetada, com trânsito limitado apenas a acesso às garagens.
No largo, o fontanário mantém-se e é criado, no limite sudoeste do Largo, um canteiro elevado com bancos a toda à volta.
O adro da igreja, a entrada lateral e as faixas de circulação ao longo dos edifícios serão cobertas com lajes de calcário bujardado.
A avaliar pela tendência manifestada nas obras ultimamente feitas em Tomar é de esperar que o neo-pimbismo se vá estender às aldeias do concelho. Teme-se que a descaracterização das nossas aldeias seja a regra daqui para a frente.