“Não lhe foi entregue nenhum envelope com nomes de padres a investigar por denúncia de abusos”, na Diocese de Santarém, garantiu esta semana o bispo, José Traquina.
O esclarecimento surge depois do bispo ser interpelado na Assembleia do Clero, que se realizou no dia 8, e por vários cristãos leigos, sobre os dados do Relatório da Comissão Independente criada para a realização de um estudo sobre os abusos de menores na Igreja em Portugal.
José Traquina lembra que a área geográfica da Diocese de Santarém corresponde apenas a 13 municípios dos 21 que constituem o distrito de Santarém e que a Diocese de Santarém foi criada em 1975 (há 48 anos) e o Relatório é referente ao período desde 1950 (há 72 anos).
Mesmo assim, houve casos referidos a Santarém no Relatório da Comissão Independente que, segundo o bispo, “não se enquadravam na geografia e/ou no tempo histórico da Diocese, conforme comprovou o investigador”.
“O Bispo de Santarém e a Comissão Diocesana de Proteção de Menores continuam disponíveis para escutar todas as pessoas que tenham motivo de denúncia de abusos ou comportamentos inadequados no seio da Igreja Diocesana e tudo farão para assegurar um ambiente seguro para as crianças e para todos”, conclui.
Sobre o padre António Júlio Santos, condenado a um ano e dois meses por atos sexuais contra menores. Mas que continua em funções, o bispo, em entrevista à SIC, diz que o padre “está deprimido e fez o que não devia”.
Manuel Traquina garante que o padre em causa não é um pedófilo compulsivo e só cometeu os crimes por causa de uma depressão.
Entrevista do Bispo à SIC
“Está deprimido. Não é um pedófilo compulsivo”: bispo justifica manutenção de padre condenado
Os que envergam a batina e se declaram intermediários da justiça divina, podem perdoar, justificar e “seguir em frente”, mas os que aplicam a “justiça terrena” não. Kuzuera com os padrecos!!!!!!! https://t.co/R4JAyxhWgW
— Luaty Beirão (@LuatyBeirao) March 12, 2023
Padre condenado por abuso sexual de menores continua em funções