Ainda está muito por esclarecer quanto ao abate de uma égua em Chão das Eiras, na freguesia de Alviobeira, Tomar, no dia 15 de março, por volta 19h30.
O que se sabe até agora é que foi um caçador que estava numa “porta” de espera de javalis que deu o tiro fatal. A égua Cristal, pertencente a uma família francesa residente no local, estava num recinto delimitado com rede eletrificada para que os animais não fujam.
O tiro foi certeiro na testa da égua, um animal com 1,80 m de altura e cerca de 700 kg.
A proprietária, Laurene Guillot, critica a forma displicente como a GNR tratou o caso, relacionando essa atitude com a possibilidade de ter sido um militar da GNR, caçador, que abateu a égua.
A morte do animal deixou de rastos aquela família que tinha tanta estima na sua égua. O corpo só foi recolhido no sábado, dia 19, ao fim da tarde, tendo sido transportado para Espanha onde foi incinerado para a família guardar as cinzas, um serviço que custa milhares de euros.
Solicitámos esclarecimentos à GNR sobre este caso, mas até ao momento não recebemos qualquer resposta.
O caso deve seguir para tribunal, pelo menos é essa a vontade da família francesa que vai lutar para que seja feita justiça e para que quem cometeu o crime seja punido.
Inadmissível um portador de potente arma de fogo, descuidar-sr no seu manuseamento. Mais inadmissível se a autoridade que investiga esconde ou tenta esconder elementos do processo para proteger o autor. Pior ainda se o faz por conveniência da sua unidade.