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Afinal o desleixo da Capela de S. Gregório é da responsabilidade da câmara de Tomar!

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A assessoria de imprensa da Direção geral do Património Cultural, sediada no Palácio Nacional da Ajuda, certamente por razões que os mails comportam, não respondeu a tempo da saída da notícia sobre o estado degradado e em perigo iminente de ruir, de uma viga da Capela de S. Gregório, cuja responsabilidade, o autor do texto imputava à DGPC.  Responde a respectiva assessoria que  a Capela “ não está afeta à Direção Geral do Património Cultural. O Monumento em questão é propriedade pública municipal.

O facto de encontrar referência à Capela no site desta Direção-Geral deve-se à circunstância de se tratar de um Monumento classificado como Imóvel de Interesse Público, (Decreto n.º 37 077, DG, 1.ª série, n.º 228 de 29 setembro 1948.)

O nosso site contempla todos os monumentos classificados, que são mais de 4 mil, a nível nacional. Porém, classificação não é sinónimo de afectação”.

Meia culpa, da parte de quem escreve, num país onde  se empurram problemas, quer no património e não só,  para os outros, um país de “passa bola”. Porém o artigo não tira veracidade nenhuma aos factos e já que este património não é da DGPC mas sim da câmara de Tomar, é mais grave ainda e reforço o que foi publicado, que é uma vergonha, um desleixo, um perigo – uma viga de pedra, estar a ser suportada por dois paus de eucalipto, que tem como se sabe uma vida muito curta, a qualquer momento vão partir e a viga tombar sobre a cabeça de alguém.

Os serviços da câmara e os autarcas eleitos, se não sabem, ficam a  saber, que existem no concelho oficinas de mármore “vulgo canteiros” que fazem uma viga nova na perfeição e que temos muitos bons pedreiros e mestres de obras que a colocam no local, ou seja temos “prata do concelho” mais que suficiente para fazer este trabalho, que pode ser adjudicado,  e deve sem demora, pois para além do perigo, quem nos visita e fotografa, não quer saber quem é o “dono”, quer é ter o património cuidado e zelado e em segurança que não é o caso. Estranho contudo é a placa de acrílico colocada no monumento que refere ou induz a informação que a capela  é da Diocese de Santarém – Paróquias de S. João e Santa Maria. Afinal quem é o “proprietário do edifício”?

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A DGPC esclarece que o referido templo é de facto, desde 1834, propriedade municipal, não tendo contudo a autarquia qualquer título de propriedade, tal como acontece, ou acontecia, com os imóveis antigos do Estado, que não têm ou não tinham  matriz. Por conseguinte, ou a capela de S. Gregório é do município ou da paróquia. Dos dois é que não pode ser. Seja como for, cabe ao dono assumir os custos do seu restauro e posterior manutenção.

Se é da paróquia, a Igreja  que assuma. Se é da câmara, façam as indispensáveis obras, como já aconteceu nos Pegões.

Mas falando na nossa DGPC, sei que lá para o Convento  de Cristo após o tornado, há reparações do património que não foram feitas e aqui que se saiba a responsabilidade não é da Câmara.

                                                       António Freitas

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1 comentário

  1. Não será preciso um lintel novo (viga como refere o texto). Creio que bastará escorar devidamente o alpendrado, retirar com muito cuidado o referido lintel, levá-lo para uma oficina especializada, furar ambos os topos da fractura até uma profundidade de 15 cms, com uma broca adequada de 15 mm, introduzir nos furos um espigão em aço inoxidável de 30cms x 15 mm, colar os topos com cola adequada, aguardar 24 horas e voltar a colocar no local primitivo.
    Fica mais barato e choca menos em termos estéticos.

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