Opinião

Uma achega de consultores

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Diz o suposto leitor Eduardo Evangelista, por coincidência estilo literário muito semelhante ao do cronista António Rebelo, cujos textos dantes nos concediam salutar exemplo de quem se arriscava a remar contra a maré, mais ainda quando não há barcos, nem adequados projectos de navegabilidade.

Sobre a contratação de consultores por parte da autarquia, ocorre-nos a achega de mais um consultor na área do português, sem erros ortográficos, até porque para se ser autarca, haja Deus, pode bastar a filiação partidária, enquanto escrever sem erros carece pelo menos de muitas leituras.

Outro consultor assaz necessário à autarquia será o do expediente, em especial com expediente para responder às questões colocadas pelos órgãos de comunicação (disso se queixa o “Tomar na Rede”) ou os munícipes.

Dantes falava-se do Código de Procedimento Administrativo (CPA) que impunha resposta das entidades no prazo de 10 dias, isto se a já reformada memória não nos falha. Daí talvez mais um consultor na área do CPA.

De resto, no caso do consultor contratado, diz o Eduardo Evangelista que o prestigiado Carlos Trincão pode significar um trunfo eleitoral por parte do executivo, daí ocorre-nos o lamento segundo o qual, aparte os méritos do nomeado, os eleitores que votem no actual executivo, caso se recandidate, só porque escolheram um consultor, ou um assessor, ou seja lá o que for, pois estes putativos apoiantes merecem este país que (não) temos.

Mário Cobra

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6 comentários

  1. Brilhante, como sempre, este postal de Mário Cobra merece no entanto um pequeno reparo, sobre três pontos precisos. Trata-se de evitar, na medida do possível, que alguns leitores percam de vista a realidade nabantina, ofuscados pela intensa luz do citado escrito.
    E o primeiro reparo vai para a assinalada coincidência entre a escrita de Eduardo Evangelista e a de um ex-cronista local bem conhecido e odiado pelos tomarenses, salvo raras excepções. Trata-se, claro está, de algo fortuito, e nada mais, essa suposta identidade de estilo. Pode-se até apontar outro ponto comum, nesse caso sem qualquer margem para discordar. Ambos escrevem em português, tal como Mário Cobra. Já somos portanto três. O Mário, o Evangelista e o outro, há muito longe e calado. Numa terra como Tomar, três cidadãos a escrever publicamente em português, é bem capaz de ser excessivo. E de causar engulhos.
    O outro reparo visa a questão do trunfo eleitoral. Escreve Cobra que “pode significar um trunfo eleitoral”. Está a ver mal. Não “pode significar”. Significa. Trincão foi nomeado exatamente para isso. Para o PS local o ostentar como troféu de caça e bandeira eleitoral visandfo os votos esquerdistas da praça. Se fosse com outros fins, nomeadamente para liderar de facto o sempre incompleto projeto da Rota Templária, a nomeação já teria ocorrido no mandato passado, pois a Rota é antiga, tendo já custado centenas de milhares de euros aos cofres camarários, em viagens, alojamentos, alimentação, ajudas de custo, consumíveis. Portanto, porquê só agora?
    Enfim, terceiro reparo, Cobra pode já estar aposentado e ser um pouco ingénuo, que mesmo assim não se entende esta sua frase : “…votem no actual executivo, CASO SE RECANDIDATE.” Então a senhora não anunciou, já por diversas vezes, nos órgãos de informação que controla, a sua recandidatura?
    Estará Cobra a insinuar que, mesmo com a recandidatura da senhora, o elenco poderá não ser o mesmo? Que Trincão pode vir a tomar o lugar do vereador Henriques?
    Não estou a ver Carlos Trincão com os pelouros dos Mercados e feiras, e o dos Cemitérios.
    Mas o mundo dá tanta volta…

  2. Ó sr. Mário Cobra!
    Todos sabemos que a idade não perdoa. Nem para o bem, nem para o mal. Nem para aproveitar a longa experiência, nem para cometer lapsos.
    Neste seu texto, muito bem escrito, como sempre, há contudo um lapso quase do tamanho da torre de S. João. É que o senhor começa por escrever, logo no longo primeiro parágrafo, “Diz o suposto leitor…”, mas depois perde-se em considerações laterais, de forma que não se consegue ficar a saber o que diz afinal o “suposto leitor”.
    Veja lá isso caro senhor! Caso venha a escrever novamente no TNR, conviria rever os textos. Ou pedir a alguém habilitado que o faça.

  3. Segundo notícia da Hertz, a Barquinha decidiu adiar, mais uma vez, a sua entrada efetiva na Tejo Ambiente. Mas o presidente Fernando Freire não explicou porquê. Limitou-se a garantir que todos os serviços serão assegurados. Há aqui qualquer coisa que não bate certo.
    Pelo caminho que as estas coisas levam, será conveniente que a srª presidente da câmara de Tomar, da CIMT, E DA TEJO AMBIENTE, contrate, por ajuste direto, pois claro, mais um consultor externo. Neste caso para os assuntos relativos à Tejo ambiente, tendo em conta a Lei do direito à informação.

  4. O estado em que está a cidade e está o concelho já não se resolve com mais ou menos consultores, sr. Mário Cobra e companhia. Pelo contrário. Esse tipo de contratações só vai entretendo e comprando mais votos para os atuais detentores do poder. Que o mesmo é dizer, vai adiando a indispensável mudança e agravando a crise concelhia.
    O quer Tomar necessita é de gente com um programa bem definido, sólido, exequível e adaptado à realidade local. Que tenha em mente os interesses da população da cidade e das outros freguesias, e não apenas a manutenção no poleiro. Gente que ganhe pelo menos tanto na política como fora dela.
    Caso contrário, sem programa sólido, sem capacidade e sem vontade, andam a enganar os tomarenses. Garantem que estão no poder para servir, quando afinal estão apenas e só para servir-se. Porque fora da política recebem bastante menos no final do mês, e adeus mordomias várias (ajudas de custo, cartão de crédito, viatura, combustível…)

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