Os consultores externos que ainda falta nomear
Li num daqueles difusores oficiais da autarquia tomareira que a senhora do topo conseguiu a unanimidade para a nomeação de um consultor externo não remunerado para os assuntos relacionados com uma alegada rota europeia dos templários votação que era expectável dada a incontestável qualidade e o indesmentível prestígio do escolhido a que convém juntar honestidade empenhamento e inegável paixão por esta terra que nos viu nascer antes do SNS ter forçado a transferência de todos os partos nabantinos para Abrantes uma decisão que passadas décadas continua por explicar pois não se entende de maneira nenhuma porquê Abrantes e não Leiria por exemplo que sempre fica mais próximo dos ares salinos atlânticos mas trata-se de uma discussão que fica para mais tarde evitando assim misturar alhos com bugalhos nesta altura em que escrevo sobre a nomeação unânime do consultor externo da câmara para os assuntos templários europeus situação bem estranha uma vez que não se vê qualquer vantagem para o PSD ao apoiar a nomeação de um consultor que vai ser sobretudo um dos trunfos eleitorais da senhora na sua recandidatura já anunciada mesmo estando Outubro 2021 lá tão longe mas está feito está feito quem sabe sabe Deus sabe de todos cada um sabe de si e resta-me aproveitar a ocasião para insinuar a indispensável nomeação igualmente por unanimidade se tal for possível de mais alguns consultores sem remuneração declarando eu desde já que só seria candidato a algum deles se fosse bem remunerado caso contrário quem quiser que aproveite mas pronto vamos aos tais consultores que no meu fraco e obscuro entendimento ainda falta nomear para permitir a continuação da até agora brilhante carreira política da senhora que nos apascenta e o primeiro desses consultores externos ainda a escolher e nomear deverá ser o encarregado do sector das obras camarárias inúteis supérfluas e mal amanhadas a começar pelos projectos vindo logo a seguir o consultor externo para a comunicação da autarquia que no ideal deverá ser capaz de esclarecer um mistério assaz intrincado e único nas autarquias da zona que é a difusão nos órgãos oficiais de informação daquilo que pouco ou nada interessa ao mesmo tempo que sobre o essencial nada se diz sendo a mais recente situação o virus covid19 em que a autarquia difundiu largamente a compra de testes mas infelizmente ainda ninguém conseguir saber o tipo de teste a quantidade comprada ou sequer se foram respeitadas as obrigatórias consultas a 3 empresas antes de celebrar o ajuste final com mandam as leis dito isto o terceiro dos futuros consultores externos deverá fazer as vezes de provedor do cidadão um cargo que está por preencher desde o início deste reinado do PS sendo que a dada altura se falou de um velho socialista local para o vir a ocupar e ao que constou até havia consenso para a sempre almejada unanimidade porém infelizmente o citado cidadão sempre bem informado soube da coisa antes de tempo e avisou publicamente que se fosse ele o escolhido não aceitava o que bastou para arquivar o processo do qual nunca mais se voltou sequer a falar mas agora as muitas reclamações sobre a poluição do rio as obras o realojamento cigano ou a Tejo ambiente vêm mostrar que o velho socialista estava cheio de razão ao recusar antecipadamente a pretensa honraria que lhe queriam destinar pois se tem aceitado a esta hora já teria falecido ou de crise cardíaca ou sufocado debaixo das pilhas de queixas todas em papel à moda antiga e como continuamos confinados os poucos que tiveram coragem para ler esta salada de palavras até aqui farão agora o favor a si próprios de pegar em algo que escreva e pacientemente colocar a pontuação onde se imponha, sem nunca esquecer o dilema dos teólogos tradutores do velho testamento pois não tendo os antigos textos sagrados qualquer tipo de pontuação a frase Cristo ressuscitou não está aqui pode significar coisas diferentes consoante a pontuação adoptada: Cristo ressuscitou. Não está aqui. Ou: Cristo ressuscitou? Não. Está aqui.
Eduardo Esteves Eusébio Evangelista
Adenda: Uma vez escolhidos e nomeados por unanimidade como é habitual os 3 consultores antes referidos será então indicado sendo caso disso um quarto assessor imprescindível que é o que mais tem faltado até agora e está na origem de tanto turismo burocrático nocivo para a causa tomarense e apesar disso à custa dos contribuintes posto que a ignorância que se ignora é o pior dos males e geralmente não tem cura em tempo útil.
Faltam no mínimo mais dois consultores. Um externo, outro interno.
Um consultor externo de etiqueta, protocolo e boas maneiras, para os que se julgam senhores da câmara, não passando afinal de labregos mal polidos. Pobre da Mafalda, por vezes assessora interna, que bem se esforça em certas coisas, todavia com resultados quase nulos.
Falta igualmente, como bem se vê, um consultor interno de pontuação para ajudar o autor do texto. Quem é que ainda tem pachorra para ler uma charada daquelas?
Essa do consultor externo para a rota templária, não passa de mais uma das muitas lérias, para esconder algo, que só um dia se saberá. Porque, sejamos claros. Para que poderá servir um consultor, seja ele externo ou interno, quando se sabe que os membros da actual maioria do executivo, ainda deslumbrados pela inesperada vitória inicial, resolveram na prática nunca mais ouvir os eleitores?
Um consultor só é útil quando quem o contrata sabe ouvi-lo, já aprendeu a aprender há muito tempo, e está disposto a mudar. Infelizmente nunca foi nem é o caso. Prova disso é o facto de estar demonstrado na prática que, tanto a senhora como o seu ajudante às ordens, consideram qualquer pessoa que não esteja de acordo com eles como um inimigo. E a partir daí passam a agir, para com ela ou com ele, sem dó nem piedade. Ou seja, na política consideram que não têm adversários. Só seguidores ou inimigos. A nova versão do “quem não é por nós, é contra nós”, de bem triste memória. Tenham-se presentes a sucessivas e lamentáveis altercações com a vereadora Célia Bonet, que se limita a desempenhar a função para a qual foi eleita.
Dado que, além do antes exposto, os senhores do executivo são manifestamente pessoas de fraca cultura, pouco mundo e muito mau feitio, as coisas estão a ficar cada vez mais complicadas. Donde as sucessivas manobras, que nunca são o que parecem.
Em 2021, se entretanto não ocorrer nenhum percalço de monta, os tomarenses terão mais uma vez ocasião de votar. Nessa altura, convém que todos se lembrem que o voto é, não só a escolha de uma lista, mas também dos impostos e taxas que estamos dispostos a pagar. Ou acreditam mesmo que há festas, comezainas e passeios à borla, que só os outros é que têm de pagar?
Mesmo os que não pagam IRS, porque não ganham o suficiente para isso, têm de arcar com o IVA daquilo que compram, e com as gravosas taxas agregadas ao consumo da água e da energia.
Pensem nisso, antes de colocar a cruzinha.
È o polvo.. a tacho Tejo & companhia.
Se todos os tachistas forem votando na presidente e suas aias têm os mandatos garantidos .. até podem rodar entre elas para contornar as leis..
É bem verdade. E em Tomar, além dos reformados e dos tachistas, quem é que ainda vai votar?
Para complicar ainda mais a situação, os laranjas, que tal como os chuchas, foram eleitos sem qualquer programa digno desse nome, estão sempre em sintonia profunda com a atual maioria. Se a srª diz “mata-se”, eles acrescentam logo “e esfola-se”, aplaudindo se preciso for.
Destaca-se de quando em vez pela positiva a Célia Bonet, que por isso tem “levado pancada” a rodos, perante a passividade dos seus 2 apaniguados. Que não protestam nem a defendem.
Nestas condições, para que serve votar PSD em Tomar? Onde está a diferença? É tudo farinha do mesmo saco. E, tendo em conta a experiência na área, as outras formações políticas concorrem só para ornamentar. Para compor o ramalhete, como diz o povo.
Por este caminho, em futuras sondagens políticas locais, impõe-se uma única pergunta:
Nas eleições autárquicas vota PS ou abstém-se?
Mas.. o que interessa é a “vantagem do PSD”, ou será a vantagem de TOMAR?
Visão reduzida quanto a este importante ponto.
De resto, acho que sim, tem razão em tudo.
Escrevi que “não se vê qualquer vantagem para o PSD”, e não “vantagem para Tomar”, simplesmente porque esta, a existir, nunca esteve em causa. Uma vez que os da mãozinha têm maioria no executivo, a aprovação estava garantida à partida, o que mostra a total inutilidade prática do voto laranja. Daí a alusão a “vantagem do PSD”, que a apoiar gente do Bloco de Esquerda, como é o caso do nomeado consultor, certamente não vai longe. Ou vai?