Foi consignada à empresa Manuel Pedro de Sousa & Filhos, Lda, de Alcobaça, a empreitada para requalificação do largo do Rossio, em Cem Soldos, onde se realiza o festival Bons Sons.
O contrato entre a câmara de Tomar e o empreiteiro já foi assinado a 1 de agosto, pelo que estão reunidas as condições para que a obra se inicie.
Trata-se de um investimento a rondar os 967 mil euros que tem como prazo de execução seis meses.
Recorde-se que o primeiro concurso lançado pela câmara para a obra ficou deserto, ou seja, não houve empresas concorrentes. Perante esta situação, a autarquia teve de lançar novo concurso em que o preço base aumentou em cerca de 30 por cento.
Esta obra vai renovar o largo principal da aldeia onde se realiza o festival Bons Sons. O projeto foi idealizado pelo gabinete Baldios – Arquitetos Paisagistas, Lda, de Lisboa e custou 25.830 euros.
Arranjo do largo de Cem Soldos vai custar quase 1 milhão de euros
Prevê-se um “arranjo” neo-pimba característico das opções da câmara, ou melhor, o desvirtuar da ambiência própria das aldeias antigas do nosso país.
ATÉ ARREPIA
Quando levamos em conta os crimes urbanísticos que esta edilidade tem vindo a fazer, arrepia-nos a hipótese de continuarem.
A cidade já está bastamente deformada.
Agora atacam nas aldeias.
Será que as pessoas de Cem Soldos sabem o que as espera?
Houve conhecimento, liberdade de opção, participação da população?
Uma coisa já sabemos, pela certa e por experiência: esta gente, ou não faz, ou faz asneira.
Tive oportunidade de falar com algumas pessoas de Cem Soldos durante os Bons Sons sobre as futuras obras de “requalificação” do largo da vila, e estranhei muito o ar de resignação de quase todos sobre o desfecho do assunto, apesar do espírito desassossegado daquela gente bem patente na forma como apoiam e acolhem o festival.
Algo não bate certo por aquelas paragens, embora pensando bem eu desconfie porquê.