Ficaram desertos dois concursos de obras lançados pela câmara de Tomar, ou seja, não houve qualquer empresa a concorrer às empreitadas.
A reabilitação do troço da EN349-3, desde a entrada da Mata dos Sete Montes, na cidade, até ao restaurante Chico Elias, nas Algarvias, cujo concurso foi lançado a 17 de agosto, com 250 mil euros + IVA como preço base, não atraiu os empreiteiros.
O mesmo aconteceu com o arranjo do largo de Cem Soldos. O concurso foi lançado no mesmo dia, depois o prazo de entrega foi prorrogado, mas mesmo assim não apareceram empresas interessadas. O preço base era de 719 mil euros + IVA.
Agora a câmara pondera aumentar o preço base das duas obras para ver se os empreiteiros revelam algum interesse em concorrer.
Sobre este assunto, a câmara de Tomar não emitiu qualquer informação oficial.
Arranjo do largo de Cem Soldos vai custar mais de 700 mil euros
Mau sinal para o império dos sentados. Os empreiteiros fizeram como os gatinhos da anedota russa. Eram cegos mas entretanto abriram os olhos. Para lubrificar adequadamente toda a engrenagem, que é cada vez mais complexa e exigente, o lubrificante tem de vir do dono da obra, como é evidente. O que obriga a ser muito exigente nas orçamentações, mas não tem qualquer problema, porque os contribuintes pagam tudo, e em Tomar nem sequer refilam.
O único inconveniente é que, com os aumentos inevitáveis, vai haver câmaras a pagar coelhos como se fossem bois. O que forçosamente dará muito nas vistas. Mas quem tiver pulgas que se coce.