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Quando uma mentira de 1 de abril motivou um requerimento na Assembleia da República

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Estávamos em 1990 quando o semanário O Ribatejo, com sede em Santarém, publicou em destaque uma mentira de 1 de abril.

Dizia a “notícia” que um grupo financeiro japonês, denominado East-Wong and Company, estava interessado em comprar a Janela do Capítulo, em Tomar e a Igreja da Graça, em Santarém, entre outras peças do património artístico e cultural nacional.

Essa edição do jornal foi publicada a 29 de março de 1990, ou seja, dias antes do tradicional dia das mentiras. E terá isso que levou ao engano o então deputado António Oliveira (PS), de Tomar.

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Preocupado com o teor da “notícia”, o deputado apresentou na assembleia da República um requerimento “porque se trata de uma questão do maior melindre; Porque a concretização de tais negócios constituiria grave atentado contra a nossa memória colectiva e O maior desrespeito para com a nossa identidade histórico-cultural; e Porque é fundamental o conhecimento da verdade e é desejável que a notícia referida não passe de mera especulação jornalística”.

No documento, António Oliveira solicitava “nos termos regimentais e constitucionais aplicáveis”, que a Secretaria de Estado da Cultura, “no mais breve prazo, comunique o que se oferecer sobre o assunto, confirmando ou infirmando o fundamento de tal notícia”.

Claro que o caso provocou risota nos corredores do parlamento e entre os jornalistas.

No ano seguinte, António Oliveira saiu do parlamento e regressou ao seu lugar de professor do ensino secundário em Tomar.

janela do capitulo ps

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