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Platex vai fechar definitivamente

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No ano em que completaria 60 anos de atividade, a Platex (I.F.M. – Indústria de Fibras de Madeira, S.A.) vai encerrar definitivamente no próximo mês de março.

O Processo Especial de Revitalização que deu entrada no início de setembro no tribunal de Santarém não foi aprovado e já este mês foi acionado o processo de insolvência.

No desemprego ficam 42 trabalhadores que já receberam a carta de despedimento coletivo. Isto numa empresa que chegou a empregar centenas de trabalhadores e que laborava 24 horas por dia. Nesta altura tem apenas uma linha de produção e dois turnos, com o pessoal reduzido ao mínimo.

À semelhança do que aconteceu na fábrica de papel do Prado, cujo gestor de insolvência é o mesmo, Pedro Pidwell, prevê-se que o recheio da Platex seja alienado a um sucateiro.

É o fim de uma das últimas grandes unidades industriais de Tomar depois do encerramento da fábrica de fiação, Porto de Cavaleiros, João Salvador, Prado e Matrena, entre outras. A fábrica da Platex foi inaugurada a 10 de outubro de 1961.

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Primeira pedra da Platex foi lançada há 60 anos

 

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14 comentários

  1. Depois de ter visão para um produto, dá muito trabalho montar uma fábrica, mantê-la, formar os trabalhadores, incentiva-los com uma carreira, ir investindo em melhoramentos, procurar novos mercados, promover competências. Mais fácil fazer aplicações financeiras especulativas, cobrar rendas ao Estado, como nas PPP, fazer negócio com a saúde pública e, logo que possível, com a segurança social. Restam a distribuição alimentar e a construção de habitação em Lisboa e Porto. Esta também é uma consequência da integração europeia, ainda por cima mal negociada.

  2. E mal aproveitada, sr. Pina. É por isso que é preciso atrair investidores estrangeiros (não para hotelaria e turismo, que para receber visitas estamos cá nós), com conhecimento, tecnologia e capital. Caso contrário ainda ficamos como as Caraíbas da Europa e fornecedores de mão de obra para as zonas mais desenvolvidas.

    1. Ou que emigre, sr. Helder. Um “improdutivo” português apanha um comboio para a Alemanha, não socialista, e uma semana depois de chegar já é um bom colaborador (tal como em Palmela na AutoEuropa), com muito maior vencimento mesmo pagando muito mais impostos. Não politizemos os factos nem se abuse da cassete.

      1. Temos que politizar porque foi a politíca que nos trousse a esta miséria, não há uma indústria transformadora em Tomar, algo impensável á três décadas atrás!!!! Você não pode comparar Portugal á Alemanha, são realidades completamente diferentes. É como você comparar o aluguer de um T2 em Tomar e em Lisboa!!! Essa conversa dos sindicatos, que em Portugal se ganha muito poucochinho, é tudo para os patrões, etc…, é tudo mentira. O ordenado minímo em Portugal são mais de mil euros, não são 665 euros!!!! Vocês nunca entram em conta com subsídios de férias e Natal, taxa social única e subsídio de alimentação!!! Vocês são intelectualmente desonestos.

        1. Não é comparar a Alemanha com Portugal. É comparar a gestão das empresas alemãs com a gestão da maioria das portuguesas. Sabe por acaso que na AutoEuropa o presidente da Comissão de trabalhadores tem lugar no Conselho de Administração? Um dos últimos até foi deputado do Bloco de Esquerda. Fale com trabalhadores do Lidl e compare com o que lhe dizem os das outras cadeias de distribuição.

          1. Não tenho qualquer dúvida que a gestão Alemã é completamente diferente da Portuguesa, pois a mentalidade é totalmente diferente. Não sei porque é que as empresas Portuguesas não implementam esses modelos, se isso resulta, não sei porque as outras companhias não o fazem, quer o Sonae on a Jerónimo Martins têm gente capaz, com MBAs á frente delas. Eu não tenho conhecimentos para discutir isso consigo, remeto-me á minha ignorância. Mas eu já vi entrevistas do falecido dono do Jerónimo Martins a dizer que os empregados do Pingo Doce ganhavam bem mais do que o ordenado minímo, tinham prémios de produtividade, distribuição de lucros, etc… Não será isso uma manobra publicitária do Lidl???!!!! Quanto á Autoeuropa isso tem muito que se lhe diga. Quanto é que o estado português lá enterrou? Você sabe? Eu prefiria que fosse um investimento privado.

    2. “chegou a empregar centenas de trabalhadores e que laborava 24 horas por dia.”
      isto foi no tempo do Estado Novo, período áureo do desenvolvimento industrial em Portugal , bem como de grande melhoria no bem-estar dos portugueses. Tivemos taxas de crescimento na ordem dos 7 e 8%, hoje é inferior a 1%, graças às suicidas políticas económicas de esquerda, que colocam as pessoas a viver como pedintes.
      Infelizmente, há uns acéfalos que gostam e apoiam os venezuelanos portugueses instalados no PS, PCP e BE.

  3. Faz muita falta um estudo aprofundado sobre as causas das sucessivas falências das indústrias tomarenses. Porque será que, com a notável excepção do matadouro, nunca foi possível encontrar investidores dispostos a tentar a recuperação das empresas em dificuldade? Terá alguma relação com aquele arruinado conjunto denominado ex-Convento de Santa Iria e ex-CNA feminino, ali à ilharga do Nabão, há duas décadas à espera de quem saiba e queira?

  4. Voltar atrás não parece viável, porque apesar dos progressos, ainda havia muita miséria, sobretudo no campo. Acontece que o regime existiu enquanto a tropa quiz. Os militares fabricaram o Estado Novo com o golpe de estado em 1926 e extinguiram-no em 74, sobretudo por causa da guerra no ultramar. Mas é triste que na falta de argumentos se considere “venezuelanos” quem defende uma sociedade mais justa com base nos principios da social democracia.

    1. Mas é preciso algo para distribuir, 10% de muito pouco vai ser ainda menos…. Eu todos os dias oiço os dois fórums da rádio, Antena Aberta e Fórum TSF, e parece que os trabalhadores por conta d’outrém que estejam em Layoff por causa da pandemia recebem 2\3 do ordenado e os trabalhadores por conta própria estão a receber uma miséria de duzentos e tal euros. E repare estas pessoas têm regra geral bons rendimentos e são bons contribuintes. É imoral.

      Quanto á parte histórica do papel dos militares deixo-lhe o seguinte reparo: em 74 os militares estavam fartos dos 13 anos de guerra, diziam que aquilo não era nosso, que era uma guerra injusta, e outras coisas, mas agora em democracia o governo organiza e financia a ída de batalhões para vários pontos do globo em conflito, como o Afeganistão, República Centro Africana, Bósnia, Kosovo, etc…, que não têm nada a ver com Portugal, ao contrário das ex colónias que impactaram directamente a vida de mais de meio milhão de Portugueses e do próprio país que não estava preparado para os receber, e ninguém se queixa!!!! Agora a guerra já é justa???!!! Alguns destes conflitos já duram á mais de 20 anos, ainda não estão fartos???!!! Estão a servir Portugal???!!! Vão para o caralh….
      Sugiro-lhe que visualize os discursos políticos de Salazar no YouTube, são de arrepiar!!!

      1. Há uma pequena alteração no estatuto dos militares portugueses enviados em missão para variados pontos do globo. Durante a guerra nas colónias, a maioria eram milicianos. Jovens no cumprimento do serviço militar obrigatório. Agora são todos profissionais. Quando se alistaram já sabiam para o que iam.
        É uma situação idêntica à dos Estados Unidos. Muitos protestos contra a guerra do Vietnam, porque havia o serviço militar obrigatório, silêncio geral hoje em dia, apesar da Síria, do Iraque, do Afeganistão ou do Iemen, porque são todos profissionais. Foi para aquilo que se alistaram.

        1. E aqueles heróis que fizeram o 25 de Abril não eram profissionais também????!!!!! O Salgueiro Maia, o Garcia Leandro, o Vasco Lourenço, o ÓSCAR, o Jaime Neves, etc…,etc…eram milicianos ou eram académicos????!!!! Não se foram alistar na Escola do Exército e não juraram defender a constituição do estado novo mesmo com o sacrificío da própria vida!!!! Devem de ter sido muito poucos os oficiais milicianos envolvidos, se algum!!!!

          Os comunistas criticavam o Salazar por ter mandado as tropas para Angola rapidamente e em força, critiquem agora o estado democrático e falido por estar a financiar essas operações no Iraque, Afeganistão, etc…Digam alguma coisa, sejam coerentes. E a ONU condenava a guerra colonial mas não dizia nada do Vietname!!!! E depois de nós sairmos das colónias e as mesmas entrarem todas em guerra civil nunca mais as mesmas prosperaram, a Guiné é hoje um dos países mais miseráveis do mundo, nem a ONU mandou para lá forças para estabilizar aquilo!!!!

          Agora vem aí a bazuca mas ao invés de ser para apoiar a economia os socialistas já lhe deram descaminho para a conversão digital e ambiental. Não podem ter dinheiro os f.d.p. O Salazar é que tinha razão.
          Antigamente era uma sardinha a dividir por seis. Agora nem sardinha há. O que vai disfarçando a miséria são os pais, já septuagenários e octogenários a sustentarem filhos e netos, se não eram ainda mais os degraçados á espera de receber os sacos com víveres ao pé da rodoviária.

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