Economia

Especialista fala sobre novidades e avanços tecnológicos nos setores da agricultura e pecuária

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Nos últimos anos, a tecnologia surgiu como uma aliada crucial nos setores da agricultura e pecuária, oferecendo soluções inovadoras com o objetivo de aumentar a eficiência produtiva e também promover práticas sustentáveis. Um dos avanços mais promissores que podemos citar é o uso da Inteligência Artificial (IA) e Big Data, por exemplo.

Para aprofundar nosso entendimento sobre o tema e suas particularidades, entrevistamos Felipe Cesar Stanzani Fonseca, especialista em Ciência da Computação e Engenharia de Software com mais de 19 anos de experiência na área. Ao longo de sua carreira, Felipe tem se destacado pela dedicação em resolver problemas complexos e desenvolver soluções inovadoras.

De acordo com Felipe, agricultores e pecuaristas agora têm acesso a tecnologias que permitem a monitoração precisa das condições de solos, clima e saúde dos animais em tempo real. “Sistemas baseados em IA analisam grandes volumes de dados para prever padrões climáticos, otimizar o uso de recursos como água e fertilizantes, e até mesmo prever a saúde dos animais, ajudando a prevenir doenças antes mesmo de aparecerem”, acrescenta o especialista.

Para comprovar esse fato, estudos comprovam as afirmações. Segundo a Deloitte estima-se que a análise de dados pode aumentar a precisão das previsões de colheitas em até 85%, permitindo um melhor planejamento e uso de recursos. E, de acordo com a IBM, o uso de IA para otimizar o uso de fertilizantes e pesticidas pode reduzir o uso desses insumos em até 20%, minimizando o impacto ambiental.

Automação e Robótica na produção

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A automação e robótica é outro aspecto tecnológico que segue revolucionando o mercado agrícola e pecuário. Os robôs agrícolas, como drone, por exemplo, são capazes de realizar tarefas como plantio, irrigação, colheita e aplicação de pesticidas de maneira autônoma e eficiente. Sobre o assunto, a PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) publicou um estudo mostrando que o uso de drones pode aumentar a eficiência na aplicação de insumos agrícolas em até 20% e reduzir o uso de pesticidas em 15%.

“Quando se trata de robótica, essa tecnologia possibilita uma gestão mais precisa e eficiente dos recursos, abrangendo desde a aplicação de insumos até a monitorização da saúde dos animais. Isso não apenas aumenta a produtividade, mas também reduz custos e promove a sustentabilidade do negócio”, destaca Felipe, responsável pelo desenvolvimento e manutenção do PJe-JT, o principal sistema judicial utilizado por mais de 30.000 usuários no sistema de Justiça do Trabalho do estado do Espírito Santo.

A verdade é que embora existam desafios na adoção de tecnologias avançadas, como os altos custos de implementação e necessidade de treinamento especializado, por exemplo, é evidente que os benefícios sejam maiores. Os produtores que investem nestas tecnologias conseguirão prosperar em um mercado cada vez mais exigente e competitivo.

Tecnologias sustentáveis

As tecnologias sustentáveis estão sendo adotadas com nas áreas agrícola e pecuária com o principal objetivo de reduzir os impactos ambientais. Sobre isso, o especialista acrescenta: “Sistemas de agricultura de precisão utilizam técnicas como a aplicação variável de insumos, onde os fertilizantes e pesticidas são aplicados apenas onde e quando são necessários, minimizando o desperdício e reduzindo a contaminação do solo e da água. Também podemos citar a irrigação inteligente que utiliza sensores de umidade do solo e sistemas de controle automatizados para otimizar o uso da água”.

Sobre este tema, de acordo com a International Water Management Institute (IWMI), sistemas de irrigação inteligentes podem reduzir o uso de água em até 30%, sem comprometer o rendimento das culturas. E a USDA afirma que a irrigação de precisão pode aumentar a produção de culturas em 10-15%.

Desta forma, quando paramos para pensar nos benefícios das tecnologias nessas áreas não podemos nos limitar apenas ao meio ambiente. “Ao adotar métodos de produção mais eficientes e sustentáveis, os produtores contribuem para a segurança alimentar global e para o bem-estar das comunidades rurais ao redor do mundo”, inclui Felipe.

O especialista, atualmente Engenheiro de Software Sênior no Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, em Vitória, Brasil, possui um histórico de desenvolvimento de ferramentas que apoiam a manutenção do PJe-JT e melhoram a experiência do usuário. Além disso, ele foi responsável pelo desenvolvimento de uma ferramenta para automatizar a migração de 14.000 processos físicos para o ambiente eletrônico do PJe, o que resultou em significativo aumento de eficiência e redução de custos para o Tribunal.

Além dos seus feitos destacados, ele também possui experiência significativa em Gestão de Dados, incluindo a extração e transformação de dados judiciais para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, ele se destacou na área de Inteligência de Negócios ao desenvolver diversos dashboards de Business Intelligence utilizando ferramentas como Microsoft Power BI, Pentaho e R, os quais contribuíram significativamente para a melhoria de diversos indicadores de justiça no Tribunal.

Prêmios também enriquecem o seu notável currículo. Felipe foi reconhecido no Banco de Talentos do Sistema PJ e pelo Tribunal Superior do Trabalho do Brasil como um desenvolvedor de software talentoso. Além disso, ele atuou como facilitador no curso sobre o “Índice Nacional de Gestão de Desempenho da Justiça do Trabalho (IGEST) e Participação nas Metas Nacionais”.

Felipe é um profissional competente e especializado em sua área, capaz de contribuir de forma assertiva sobre as tecnologias emergentes que estão transformando não apenas o mundo, mas também o mercado agrícola e pecuário.

Ele acredita que ainda veremos avanços significativos nesse campo de atuação.

“Nos próximos anos, esperamos ver avanços ainda maiores em áreas como sensoriamento remoto, genômica aplicada e sistemas integrados de gestão de fazendas. Essas inovações não só melhorarão a eficiência, mas também abrirão novas oportunidades para uma produção mais sustentável e resiliente”, concluiu o especialista.

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