
De janeiro a junho deste ano, Tomar perdeu 136 eleitores, segundo os dados publicados no Diário da República de 17 de junho. Mas se compararmos com as últimas eleições autárquicas, de 2017, a quebra foi de 919 eleitores.
Para as presidenciais de janeiro deste ano estavam inscritos em Tomar 34.031 eleitores, enquanto que para as próximas eleições autárquicas são 33.895, segundo dados do Ministério da Administração Interna.
Do total de eleitores recenseados em Tomar nesta altura, 33.740 são cidadãos nacionais, 80 da União Europeia e 75 são outros estrangeiros residentes no concelho.
São estes os números que vão constar nos cadernos eleitorais das autárquicas marcadas para 26 de setembro.
Nº de eleitores nas freguesias do concelho de Tomar – junho 2021
Asseiceira | 2.375 |
Carregueiros | 974 |
Olalhas | 1.169 |
Paialvo | 1.998 |
São Pedro de Tomar | 2.434 |
Sabacheira | 879 |
União das freguesias de Além da Ribeira e Pedreira | 1.090 |
União das freguesias de Casais e Alviobeira | 2.455 |
União das freguesias de Madalena e Beselga | 3.254 |
União das freguesias de Serra e Junceira | 1.740 |
União das freguesias de Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais | 15.527 |
Nº de eleitores nos concelhos do distrito de Santarém – junho 2021
Concelho | Nº eleitores |
Abrantes | 31.614 |
Alcanena | 11.710 |
Almeirim | 19.557 |
Alpiarça | 6.254 |
Benavente | 24.351 |
Cartaxo | 20.598 |
Chamusca | 7.660 |
Constância | 3.309 |
Coruche | 15.838 |
Entroncamento | 16.966 |
Ferreira do Zêzere | 6.938 |
Golegã | 4.859 |
Mação | 5.862 |
Ourém | 40.801 |
Rio Maior | 17.692 |
Salvaterra de Magos | 18.885 |
Santarém | 50.828 |
Sardoal | 3.197 |
Tomar | 33.895 |
Torres Novas | 30.745 |
Vila Nova da Barquinha | 6.200 |
Resultado do recenseamento eleitoral à data de referência – dia 15 de junho de 2021 (Data do encerramento dos cadernos para as eleições autárquicas)
Número de eleitores inscritos no recenseamento eleitoral
Está tudo bem, a crer nos discursos dos responsáveis, dos autarcas em particular.
Este assunto, da diminuição de eleitores, e de população residente, é apenas por eles ignorado.
Tentam que nao exista, para não ser reconhecido.
Mas é grave. Um concelho que perde população é um concelho doente no seu âmago, é um concelho em que algo está muito mal.
Um concelho que perde população, e onde a que resta está a envelhecer, é um concelho condenado a definhar, a perder qualidade, porque as condições de vida estão a degradar-se.
É um concelho que não é capaz de gerar empregos para a sua população, porque não é atraente para as empresas. São elas que geram empregos e riqueza.
Enquanto os nossos autarcas, a presidente da câmara em especial, não mostrarem capacidade para assumirem esse desafio, de atrair empresas, e investimentos capazes de gerar empregos com valor, o declínio demográfico, e a degradação económica, não vão parar.
Podem vir mais obras e mais festivais, mas nada muda.
Não são medidas avulsas que podem mudar este declínio.
Só a posse de uma ideia ambiciosa para guiar a administração de Tomar, que esteja ancorada num plano de desenvolvimento coerente e em projetos empresariais atraídos e contratados, pode salvar Tomar de se tornar numa cidade irrelevante, onde será cada vez menos fácil viver.