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Segundo o mais recente recenseamento eleitoral, que vai funcionar para as eleições presidenciais do próximo dia 24 de janeiro, Tomar perdeu 295 eleitores desde as eleições legislativas de outubro de 2019.
Para as legislativas estavam inscritos 34.326 eleitores, enquanto que para as presidenciais são 34.031, segundo dados do Ministério da Administração Interna. Apesar disso, Tomar é o segundo concelho da região com maior número de eleitores, a seguir a Ourém.
Concelhos como Vila Nova da Barquinha, aumentaram o número de eleitores.
Concelho | Nº eleitores |
Abrantes | 31 806 |
Alcanena | 11 781 |
Almeirim | 19 625 |
Alpiarça | 6 221 |
Benavente | 24 232 |
Cartaxo | 20 579 |
Chamusca | 7 740 |
Constância | 3 326 |
Coruche | 15 961 |
Entroncamento | 16 973 |
Ferreira do Zêzere | 6 932 |
Golegã | 4 878 |
Mação | 5 899 |
Rio Maior | 17 706 |
Salvaterra de Magos | 18 878 |
Santarém | 51 024 |
Sardoal | 3 203 |
Tomar | 34 031 |
Torres Novas | 30 895 |
Vila Nova da Barquinha | 6 193 |
Ourém | 40 937 |
Resultado do recenseamento eleitoral à data de referência 9-janeiro-2021 (Data do encerramento dos cadernos para a eleição)
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Nº de eleitores nas freguesias do concelho de Tomar – 2021
Asseiceira | 2 383 |
Carregueiros | 972 |
Olalhas | 1 172 |
Paialvo | 2 023 |
São Pedro de Tomar | 2 443 |
Sabacheira | 888 |
União das freguesias de Além da Ribeira e Pedreira | 1 101 |
União das freguesias de Casais e Alviobeira | 2 468 |
União das freguesias de Madalena e Beselga | 3 300 |
União das freguesias de Serra e Junceira | 1 653 |
União das freguesias de Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais | 15 628 |
A hemorragia demográfica e o consequente definhar mais ou menos lento, continuam. Mas enquanto houver dinheiro para os gastos e os funcionários receberem pontualmente, tudo bem. O sector privado que se lixe.
Quando um dia tudo se desmoronar, como já aconteceu nos países do leste europeu, praticamente todos vão jurar que sempre foram contra o que estava, que se fartaram de pedir reformas, que protestaram sem resultado… O costume.
Em 24 de Abril de 1974 eram quase todos “da situação”. Uma semana mais tarde, em 1 de Maio, a esmagadora maioria desfilou a favor do 25 de Abril. E praticamente já não havia ninguém “da situação”. Uma população assim presta para alguma coisa?
Não se percebe a relação entre “os funcionários receberem” e o setor privado “que se lixe”. Que funcionários? Os professores, os médicos, enfermeiros, polícias, ou a minoria de funcionários da câmara? E que setor privado? Os bancos, a EDP, a Sonae/Continente, o Pingo Doce, a Galp, a Repsol? Ou será que falamos dos pequenos negócios privados que vivem do consumo dos ditos funcionários.
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Compreendo a sua dúvida, cujo esclarecimento cabal não cabe num comentário. Segue portanto a tentativa de aclaramento possível.
O que se pretendeu mostrar foi a gritante diferença entre a função pública em geral, com empregos vitalícios e promoções automáticas por antiguidade, por um lado; e o sector privado, com empregos precários e raras promoções, por outro lado.
Há depois a questão dos funcionários indispensáveis, com tarefas bem definidas (médicos, enfermeiros professores, forças de segurança, etc.) e o chamado “império dos sentados”, cuja utilidade prática em geral, para além do voto, não é nada evidente. Assunto demasiado vasto para um comentário.
Resta “o sector privado que se lixe”, uma simplificação da atitude geral dos instalados (governo e autarquias) em relação ao sector privado em geral. Aqueles que vivem dos impostos desprezando os que os pagam.
Compreendo a intenção mas comentários públicos
tanto simplificados enviezam o esclarecimento e o desejado rigor. Ainda assim, promoções automáticas já não existem, tirando o caso das melhorias salariais por antiguidade como acontece nos privados. Note-se que números oficiais mostram que toda a função pública perdeu rendimentos na última década. Nos privados haverá que distinguir os sempre aflitos das microempresas, familiares (aquelas só até 10 trabalhadores, modelo de que os tomarenses desejam), das verdadeiras empresas, com dimensão, suportadas por uma posição firme no mercado (aquelas que, olhando os resultados autárquicos nos últimos 30 anos, os tomarenses nao querem). O império dos sentados existe, não é desejável, mas não deverá ser visto, em parte, como uma fase transitória para atenuar o desemprego em locais deprimidos?
Seja qual for a justificação que se queira atribuir à importância e/ou utilidade do império dos sentados, a situação tomarense é nesse aspecto deveras preocupante. Um funcionário municipal por cada 57 eleitores é um manifesto exagero. E um pouco mais de 40% do orçamento anual da autarquia. Até no Alentejo profundo existem poucas situações semelhantes, quanto mais agora a menos de duas horas de Lisboa, e com transporte ferroviário directo.
Se a isso juntarmos a maneira como em geral somos servidos por esses ditos servidores públicos, podemos ver até onde já chegou a nossa ruína. E só há pouco tempo Anabela Freitas, após 7 anos de mandato, lá foi dizendo que os recursos humanos municipais não são os mais adequados.
Gabo-lhe a coragem, uma vez que o seu chefe de gabinete e o seu vice presidente na altura acabaram por ser expulsos do elenco autárquico, até agora sem qualquer esclarecimento, após terem “emprateleirado” numa unidade dita de “queimados” alguns técnicos superiores influentes, os quais continuam em funções, como se nada tivesse acontecido…