
Estamos em agosto, um dos meses em que a conservatória do registo civil de Tomar regista maior procura por parte de emigrantes e imigrantes para além dos residentes locais e aquele serviço está a funcionar apenas com uma funcionária.
Para ser atendido, há cidadãos quem vão para a porta do registo civil de madrugada e ao longo do dia a fila vai engrossando.
A falta de funcionários, por motivo de reforma ou de baixa médica, tem obrigado a conservatória a reduzir o número de serviços disponibilizados e leva a que os cidadãos tenham de se deslocar à loja do cidadão de Vila Nova da Barquinha ou ao espaço Cidadão de Ferreira do Zêzere.
O mais insólito no meio disto tudo e a contrastar com o serviço prestado está a presença permanente de um agente da polícia e de um vigilante.
Câmara apela à mobilidade de trabalhadores para o registo civil
Em julho, o presidente da câmara de Tomar enviou uma mensagem aos assistentes técnicos municipais a apelar para que os trabalhadores peçam transferência para a conservatória do registo civil no regime de mobilidade.
Hugo Cristóvão argumenta que é de “interesse municipal que aquele serviço funcione bem na comunidade”.
O mais estranho é que o autarca informa que os contactos dos trabalhadores interessados devem ser feitos com a chefe de gabinete, Carla Dias, quando existe uma divisão de recursos humanos na autarquia.
Aos assistentes técnicos municipais.
Caros trabalhadores, bom dia,
Este email destina-se aos assistentes técnicos.
Fui contactado pelo Instituto de Registos e Notariado que, face à escassez de recursos humanos que a entidade enfrenta, nos propõem a realização de um acordo de mobilidade, em termos ainda a determinar, destinado a assistentes técnicos, para realizar funções na Conservatória do Registo Civil. Terá como atividade única o cartão de cidadão.
Como sabem, nunca bloquei a saída de nenhum trabalhador, e neste caso, é também interesse municipal que aquele serviço funcione bem na comunidade.
Assim, se algum de vós vir interesse nesta possível mudança e eventualmente abraçar uma nova carreira, solicito que entre em contacto com a chefe de gabinete, Carla Dias, para o seu endereço eletrónico.
Bom trabalho!
O Presidente da Câmara Municipal de Tomar
Hugo Cristóvão
Conservatória do Registo Civil: um serviço público em declínio
Tratar do cartão do cidadão ou do passaporte é impossível no Registo Civil de Tomar
É o princípio do fim. Quem quiser algum serviço de registo civil na aldeia de Tomar, terá de dirigir-se à s cidades de Ferreira do Zêzere, Barquinha, Constancia, Ourém ou Torres Novas…
É mais ou menos assim. Tomar reduzida à dimensão da mente do Hugo presidente da camara
come se pode pedir mobilidade de funcionários de serviços locais para entidades de serviços centrais, ainda por cima sem as necessárias competências? Está tudo doido