
Entre as sete moções que o Presidente da junta urbana de Tomar apresentou no congresso da ANAFRE, uma delas diz respeito às remunerações dos autarcas e às despesas de representação.
Queixa-se Augusto Barros que os autarcas não são ressarcidos financeiramente pelos lugares que ocupam, após a agregação das antigas freguesias de São João Baptista e Santa Maria dos Olivais.
Reformado, o autarca não podia acumular o valor da reforma com a remuneração de Presidente de Junta, pelo que optou por ficar a meio tempo, cenário em que já é possível a acumulação. O outro meio tempo ficou para o tesoureiro, José Maria Marques.
O problema é que a meio tempo, os autarcas deixam de beneficiar das despesas de representação. E foi essa a reivindicação principal de Augusto Barros: “a reposição do valor para despesas de representação aos autarcas que exercem tempo inteiro, mas que por necessidade do serviço dividem meio tempo”.
A moção foi aprovada por unanimidade e aclamação no congresso da Associação Nacional de Freguesias realizado no Portimão Arena nos dias 24 e 25 de janeiro.
O ordenado de um presidente de junta (a tempo inteiro), cuja freguesia tenha mais de 10 mil eleitores, é de 1.907,58 euros, acrescido de despesas de representação de 555,49 euros.
Mais um socialista que não concorreu para servir, mas para se servir.
Não gosta das condições, dê o lugar a outro que queira.
Até parece que o obrigam a candidatar-se ao lugar.
Não chega de chefes de gabinete, adjuntos, secretários, viaturas, telemoveis por tudo o que é autarquia, e ainda choram de não acmularem a reforma com despesas de representação.
Assim, está explicado o aumento de 0,3% para aqueles que realmente são funcionários do estado.
Manifestação de inteligência, do senhor autarca. O argumento “…mas que por necessidade de serviço dividem meio tempo.” é sublime manifestação de incongruência.
Como é ditado popular, “Quer chuva na eira e sol no nabal”.
Haja vergonha, e consideração por quem trabalha, ou por quem é aposentado e não tem emprego (publio) paralelo, pago por todos nós.
Foi a maior anedota que apareceu em Portimão em termos de moções. Ir pedir um regime especial para a sua junta mentindo que tinha 30 mil eleitores quando tem metade. Receba o ordenado tempo inteiro de lei mais espesas representação e suspenda a sua reforma
A notícia peca pelo facto do seu último parágrafo em nada contribuir para o esclarecimento da opinião pública, antes pelo contrário.
Deveria sim reportar o número de eleitores da junta urbana de Tomar e consequente vencimento a meio termo para esse número.