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Há 12 anos que o Palácio Alvim, na rua Dr. Sousa, em pleno centro histórico de Tomar, se encontra abandonado e a degradar-se a olhos vistos, conforme retratam as imagens.
É propriedade do município que não tem quaisquer projetos ou perspetivas de intervenção no imóvel.
Ali funcionou até final de 2008, a esquadra da Polícia de Segurança Pública de Tomar. Nessa altura mudou de instalações para a rua D. Lopo Dias de Sousa, do outro lado da cidade.
Desde então o palácio Alvim nunca mais teve qualquer utilização. Já em 2017 alertámos para este problema.
Fotos captadas a 19-12-2020
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Eis mais um exemplo flagrante da má administração que reina na maioria municipal socialista. No caso do palácio Alvim, como nalguns outros, a câmara alega não ter dinheiro. Nem para a manutenção, nem para a requalificação, nem sequer para a adaptação a novas funções. E não temos agora estacionamento subterrâneo na Várzea grande porque a presidente alegou em tempo útil que temia não conseguir verba para isso.
Mas entretanto, a mesma câmara conseguiu verbas para restaurar S. Gregório, alguns arcos dos Pegões, e agora para a Igreja de S. João, preparando-se para acudir também à igreja de S. Francisco. Tudo junto, coisas para mais de 3 milhões de euros. Pouca coisa, num orçamento de 40 milhões, comentará eventualmente o cidadão Helder Silva.
O caricato da situação reside na evidente dualidade de tratamento das coisas. Os Pegões e S. João pertencem ao Estado, estando sob a égide da DGPC. S. Gregório é da paróquia. A igreja de S. Francisco pertence ilegalmente à respectiva irmandade.
Temos assim que, procurando conquistar votos, a câmara arranja dinheiro para obras naquilo que é de outros, mas vai deixando cair em ruínas o património municipal que devia administrar, pois para isso foram eleitos.
Mas, como habitualmente, está-se mesmo a ver que isto é só má língua e vontade de dizer mal.
Uma nota final, que fecha com uma interrogação. Em Guimarães o odiado Ventura apelou aos eleitores que nunca deixem de ter orgulho em ser portugueses. Uns dias antes, Anabela Freitas incitou os eleitores locais a nunca deixarem de ter orgulho em ser tomarenses, no final de uma entrevista ao TEMPLÁRIO.
Simples coincidência? Ou as pessoas nem sempre são como se pintam?
3 milhões (por obra) não são nada comparados com os 6.5 milhões que a câmara foi condenada a pagar á Braga Parques no tempo ainda do PSD, porque o trolha decidiu rasgar o contrato!!!! E a câmara já tem muitos palacetes era melhor desfazer-se desse.
Depois existe aquele plano para fazer um edifício novo para concentrar todos os serviços da Câmara.
Dá vontade de dizer que enquanto houver um edifício para recuperar não se deviam fazer novas edificações.
Sei que isso não é possível, nem há qualquer interesse no assunto. Recuperação urbana é muito bonita mas só no campo das intenções.
De resto, é assim com tudo. Só se faz o que é subsidiado. Mesmo que não tenha grande interesse nem faça falta.
Qual é o papel da Câmara nisto tudo? Convencer que faz coisas muito importantes, que ficaram baratas com os subsídios que conseguiu obter e depois propagandear a sua inauguração.
Preparem-se que há-de vir aí mais, muito mais. Bicicletas elétricas, internet à borla na rua… a lista vai crescer.
A situação quase ruinosa do Palácio Alvim é apenas mais um reflexo da ausência de uma visão para a Cidade, um testemunho da inexistência de um Rumo para promover desenvolvimento e dinamização, e, pior que tudo, da incapacidade para valorizar toda a herança histórica e patrimonial que existe.
Não é falta de vontade, é apenas, infelizmente, incapacidade. De visionar, de valorizar, de programar, de financiar.
Buscando as fontes certas, os parceiros capazes, as sinergias disponíveis.
Mobilizando vontades e gentes, rasgando oportunidades para alicerçar o Futuro, um Futuro.
Continuando assim, com o Palácio Alvim, com a Fabrica de Fiação, ou com o Convento de Cristo, numa triste modorra, pensando apenas em hoje, e em como convencer votos amanhã, nada será feito, para lá de assegurar o declínio.
As oportunidades perdem-se, o futuro é adiado, o presente é desgraçado.
Não há atividade, não há emprego, há apenas êxodo populacional.
Perdem-se eleitores e famílias, perde-se riqueza, perde-se afirmação, perde-se o Futuro.
Sorte desgraçada, a de ser Tomarense.
Sorte de ser Tomarense, desgraçada sorte de ter um governo municipal como o que tem.
“Se os socialistas entendessem de economia, não seriam socialistas”.
Friedrich Hayek (Prémio Nobel da Economia)
Eles só são socialistas de nome. Seria mais correcto chamar-lhes de socials democratas como o PSD. Eles não são por uma sociedade sem classes, eles querem o poder para usufruirem das regalias inerentes ao cargo, não se contentando com pouco, querem sempre mais para eles e vão dando umas migalhas aos pobres só para manter aparências…
Diz o sr. Victor, sorte ser tomarense. Porquê? Disse a Presidente da câmara, não percam o orgulho de ser tomarenses. Porquê? O sr. Ventura, aqui citado, também fala no orgulho de ser português. De que época? Valorizar a herança histórica, diz o sr. Santos, retomando a visão idílico-cultural para a cidade de há 30 anos e cujo (pobre) resultado está á vista. Tudo a propósito da quase ruína do palácio Alvim. Uma ruína urbana, a que se seguirão outras, reflexo e consequência da ruína da cidade. Acontece é que mais obra menos obra, mais esgoto menos esgoto, com alcatrão ou com moleano, para os potenciais governantes locais, seja PSD ou PS, o mundo acaba no seus umbigos e segurar os lugares é o objetivo. Quando a cidade falir já cá não estão.