
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Pela terceira vez, não se apresentou qualquer candidato ao concurso lançado pela câmara de Torres Novas para admissão de um calceteiro.
A autarquia lançou concursos em 2019, em 2020 e em 2021, mas não surgiram interessados, não se apresentou qualquer candidato.
Perante este vazio, os concursos são considerados desertos.
Talvez devam apostar mais na publicidade, se os potenciais candidatos não têm conhecimento da oferta de trabalho não vão candidatar-se.
À calçada portuguesa, embora linda e de grande valor histórico , constitui um enorme perigo aos transeuntes. De desgaste fácil, cheia de irregularidades é ótima para quedas. Fala a experiência. Talvez fosse altura de ficar confinada a áreas históricas e se optasse por outro tipo de material que proporcionasse maior segurança ao peão. No meu caso recorro erradamente ao asfalto ou à área de ciclovias uma vez que me sinto mais segura, que na calçada portuguesa.
Temos então está situação caricata: são os peões que invadem as áreas de carros e não o contrário.
Sim, tive conhecidas a queixarem-se que não conseguiam andar de saltos altos porque ficavam constantemente com os saltos presos na calçada.
A irregularidade da calçada talvez seja difícil de resolver, ou seja dispendioso, e ainda teriam de deixar rugoso para não se escorregar, mas se colocassem cimento ou alguma massa entre as pedras pelo menos os saltos altos do calçado feminino não ficaria preso na calçada.
Nesses casos, o melhor remédio por essa Europa fora tem sido o aumento do ordenado, mediante a criação prévia de nova categoria profissional.
Aposto que se e quando criarem e depois abrirem concurso para técnicos superiores de pavimentação tradicional portuguesa, com vencimento da ordem os 2,5 mil euros/mês, não vão faltar candidatos. Falta é coragem para encarar as coisas como elas são. Somos um arremedo de país, com uma espécie de autarquias a tentar imitar governos locais. E a população a tudo assiste impávida e serena, porque também somos só um mau arremedo de cidadãos, salvo algumas excepções.
É tudo uma questão de dinheiro !