Morreu o tomarense António Rebelo

Morreu nesta sexta feira, da 23 de maio, no hospital de Tomar, o tomarense António Francisco Rebelo, de 83 anos.
Era um dos mais profundos conhecedores da história de Tomar e do Convento de Cristo, monumento onde trabalhou e onde ainda em 2024 realizou várias visitas guiadas gratuitas.
No seu estilo assertivo, por vezes cáustico, mas sempre sem papas na língua, tomava posições sobre a gestão camarária e a política local e nacional, sobretudo através do seu blogue https://tomaradianteira3.blogspot.com/.
Crítico em relação ao poder local e à realidade de Tomar, António Rebelo sentia-se, na maior parte das vezes, a pregar no deserto.
A sua vivência em Paris, onde estudou e viveu o maio de 1968, marcou-lhe a vida e abriu-lhe horizontes que o levaram a tornar-se um homem culto e atento à realidade que o rodeia, sempre numa perspetiva que vai para além das fronteiras de Tomar e de Portugal.
Tinha uma memória prodigiosa e era possuidor de uma vasta cultura geral, nomeadamente, na área de história local e nacional.
Foi professor na escola Gualdim Pais, até se reformar. Desde 2016, passou a residir algumas temporadas em Fortaleza, no Brasil, mas todos os anos regressava à sua terra natal.
Afirmava-se socialista, mas não deixava de criticar a atual gestão camarária. Nós próprios também chegámos a ser alvo da sua verve implacável. Aliás, António Rebelo foi colaborador do nosso blogue, muitas vezes, sob pseudónimo.
Com o agravar do seu estado de saúde – tinha um problema oncológico – regressou há 15 dias do Brasil e pouco depois foi internado no hospital de Tomar onde veio a falecer.
O velório decorre na casa mortuária de Tomar e o funeral realiza-se neste sábado, dia 24, pelas 15h30, no cemitério de Marmelais.
Apresentamos sentidas condolências à família, sobretudo ao seu filho, o juiz Rui Rebelo.
Desiludido com Tomar, António Rebelo escolheu o Brasil para viver
Os meus sentimentos à família.
Cáustico ?.. talvez … Revoltado, creio que sim.
Apaixonado por Tomar, não tenhamos dúvidas ….
Até já caro António …