Dois meses e meio depois de uma pessoa morrer atropelada em frente ao hospital de Torres Novas, a câmara local mandou pintar duas passadeiras que fazem a ligação direta entre a paragem do autocarro e a entrada do hospital.
No dia 12 de outubro. Florentina Maria Martins Bento, de 66 anos, estava a dirigir-se para o hospital de Torres Novas onde ia fazer análises quando foi colhida por uma carrinha que projetou o corpo. A vítima bateu com a cabeça no lancil e teve morte imediata.
Na altura, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Torres Novas denunciou que “falta a Câmara Municipal proceder à pintura da sinalização horizontal da Avenida Xanana Gusmão e colocar grande e visível a sinalização vertical”.
Quando se iniciou o serviço dos transportes urbanos, a autarquia instalou uma paragem de autocarros do lado oposto do hospital, mas as passadeiras mais próximas estavam a mais de 100 metros, não existindo nenhuma com acesso direto à portaria do hospital.
Apesar de inicialmente a câmara de Torres Novas lamentar as críticas, acabou por reconhecer a falta de sinalização e de segurança para os peões.
Está também prevista a colocação de quatro lombas de redução de velocidade, a marcação de sinalização na via e a redução da velocidade máxima para 40 km/hora.
Mulher atropelada em frente ao hospital de Torres Novas foi hoje a sepultar
Geralmente é sempre assim! As pessoas precisam morrer para se fazer alguma coisa.
Há 2 anos, chamei o INEM para vir acudir o meu pai. Ele tinha caído. Demoraram 20 min para chegar a casa dos meus pais. Depois, demoraram mais 20 min para o levar para o hospital. Quando interrogados para onde iam, disseram-me que não sabiam se iam para Torres Novas, Abrantes ou Lisboa. Já iam embora sem me pedir o meu número de telemóvel. Além disso, nem traziam um cobertor térmico para emergência.