As eleições presidenciais realizaram-se a 24 de janeiro, mas ainda há cartazes de candidatos a Belém nas ruas de Tomar. A lei não impõe nenhum prazo para remover a propaganda eleitoral desatualizada, pelo que cabe às câmaras notificar os candidatos para as retirar.
Só na praceta de Olivença, à entrada da Corredoura (na foto) estão dois cartazes, um de Marisa Matias (BE) e outro de João Ferreira (CDU), mas há mais espalhados pelas ruas da cidade e em outdoors nas estradas principais.
A lei permite que os cartazes eleitorais continuem expostos, já que não há um prazo para a sua remoção. Só as câmaras municipais é que podem intervir, mas apenas depois de notificarem as candidaturas.
Cabe agora às candidaturas e aos partidos que as apoiaram, a responsabilidade da retirada dos cartazes.
A prova provada que as leis são feitas por políticos pata servir os políticos. Dois partidos (BE e PCP) que juntos, nas recentes presidenciais, conseguiram apenas 1089 votos num concelho de mais de 30 mil eleitores, podem manter ao longo de todo o ano dois espaços de afixação de cartazes à entrada da principal rua da cidade. E estão isentos de quaisquer taxas. Se fosse um particular, para incrementar o seu negócio, quanto teria de pagar na câmara?
Já agora uma outra pergunta inoportuna: Caso as duas estruturas para cartazes fossem do CHEGA, que obteve no concelho e sozinho, quase o dobro das duas formações políticas citadas, ainda lá estavam? Com os cartazes sem serem danificados?
Estranha terra, Tomar. Tipo melancia, mas ao contrário. Vermelha por fora, verde e incomestível por dentro. Brrrr!
Num ano atípico em que os palhaços não podiam ser de carne e osso pareceu-me uma boa ideia!