Nos anos 60 Ernesto Figueiredo, natural de Santa Cita, Tomar, foi um dos grandes jogadores de futebol vestindo as cores do Sporting.
Iniciou a sua carreira na Matrena, passando pelo União de Tomar e Cernache antes de ingressar no clube de Alvalade.
Tornou-se num dos principais avançados do futebol português. Chegou a internacional A e participou no mundial de 66.
Ao longo da sua carreira marcou 147 golos, venceu vários troféus nacionais e fez parte da equipa que ganhou o único troféu europeu do Sporting.
A aldeia onde nasceu há 87 anos, Santa Cita, vai homenagear Ernesto Figueiredo, conhecido por “Altafini de Cernache”, no sábado, dia 7 de setembro, pelas 13h00.
O almoço de homenagem ao antigo atleta, que vai estar presente, é promovido pela ACR de Santa Cita em parceria com a junta de freguesia de Asseiceira.
As reservas podem ser feitas para o tlm. 917911751.
Memórias – Figueiredo
Ernesto Figueiredo – 06 Julho 1937 – natural de Santa Cita, Tomar, estreou-se no Sporting no dia 17 de Setembro de 1960, em Alvalade, frente ao Lusitano de Évora, jogo vencido pelo Sporting por 4-2. Jogou 8 épocas de “leão ao peito”, conquistou dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e a Taça Europeia dos Vencedores das Taças. Realizou 233 jogos e marcou 147 golos, tendo sido o melhor marcador do Campeonato Nacional na época de 1965/66, com 25 golos, a par de Eusébio.
Também conhecido como “Altafini de Cernache”, em parte devido à sua propensão para marcar golos ao Benfica – 9 no total -, foi um dos goleadores da década de sessenta. Tornou-se um ídolo dos sportinguistas graças à sua inesgotável combatividade no meio das defesas adversárias, abrindo espaço onde parecia difícil, obtendo golos “impossíveis”. Formou uma dupla temível com Lourenço, a calma em pessoa ligando exemplarmente com a actividade extenuante de Figueiredo na frente do ataque.
Ernesto Figueiredo foi um jogador determinante na extraordinária carreira do Sporting na Taça das Taças de 1964, quer pelos golos que marcou como pelos que deu a marcar. Obteve dois na final, que asseguraram a ida à finalíssima, até à vitória. A alcunha de Altafini foi-lhe atribuída porque, como marcava frequentemente golos ao Benfica, repetia a proeza do verdadeiro Altafini (dois golos aos “encarnados” pelo AC Milan na final da Taça dos Campeões Europeus de 1963). Foi internacional 6 vezes, tendo feito parte da célebre equipa dos “Magriços” que ficou em 3.º lugar no Mundial de 1966, onde no entanto não chegou a jogar. Em 1999 foi distinguido com o Prémio Stromp.