“Tretas Templárias”, “fraude”, “um embuste”, “pseudo-História”, são alguns dos epítetos com que o autor do blogue “Repensando a Idade Média” caracteriza o documentário transmitido esta semana pela RTP sobre o enigmático tesouro dos Templários, a que fizemos referência aqui.
O crítico, cujo nome não surge no blogue nem na página no Facebook, chegou a contactar o provedor do telespectador da RTP para denunciar a situação. “Alertámos para a completa falta de rigor histórico do dito documentário, que apenas perpetua mitos e não acrescenta nada ao esclarecimento e educação dos cidadãos para o tema em questão. Muito pelo contrário, apenas contribui para o aprofundar de teorias erradas e infundadas, sem qualquer respaldo académico ou de fontes históricas credíveis”, critica.
A polémica tem seguimento nos comentários ao post no Facebook.
https://www.facebook.com/RepensandoMedievo/posts/1667838106741732
RTP transmite documentário sobre as “Relíquias Perdidas dos Templários”
https://www.facebook.com/RepensandoMedievo/posts/1524018804456997
só faço uma pergunta a pessoa que tem esta pagina de Facebook, a peca mão de S. Gregório Nazianzeno, que para muitos e pouco conhecida mas e a relíquia da igreja de santa maria dos olivais, igreja matriz dos templários na península ibérica esta peca e falsa??? pode dizer que e mentira os templários não tinham relíquias?? sabe quantas relíquias ao longo da historia foram destruídas ou levadas do convento de cristo quando da extinção da ordens e mesmo antes? muitas…… ou o cerebelo do são Tomaz Cantuária, cujo a charola e dedicada…..isso são relíquias não ouro ou pedras preciosas… outra coisa interessante e o facto dos nazis terem vindo a Tomar, deveria ler o que o professor Manuel J. Gandra escreve sobre isso a vários anos..
as relíquias podem não ser verdadeiras, mas ninguém pode afirmar que elas são falsas, não e por estarem em bom estado que são falsas, se uma coisa for guardada e tratada corretamente podem durar estes seculos todos. falaram que existe poucos dados científicos, mas não vi aparecer ninguém que possa afirmar claramente que e falso com dados científicos, acham que aquelas pecas nunca foram testadas, para serem compradas por este tipo de colecionadores ?
Meu caro…não percebo nada do seu raciocínio! “as relíquias podem não ser verdadeiras, mas ninguém pode afirmar que elas são falsas”… ??? E o referido Manuel J Gandra não é um autor credível para se saber mais sobre os Templários! A página Repensando a Idade Média está certíssima na denúncia que fez sobre a emissão deste pseudo-documentário.
senhor pedro não é um autor credível porque? leu os documentos estudou e tirou as suas conclusões entrando em desacordo com muitos historiadores renomeados da nossa praça, mas como o senhor deve saber muitas vezes o certo não e o mais logico. o que se sabe sobre os templários? foram uma grande ordem militar criados em 1118 oficializados no Concílio de Troyes em 13 de janeiro de 1128 nesse mesmo ano em 19 de março de 1128, a condessa D. Teresa doa o castelo de Soure. portanto e claro para todos que os templários eram muito importantes para o novo condado na península ibérica, isso e notório em toda a nossa historia. a historia dos templários esta ligada a historia do nosso pais provavelmente mais do que a qualquer outro pais na europa mesmo a frança. digamos que o nosso pais existe na totalidade que conhecemos hoje devido ao esforço dos templários não será nenhum disparate chegar a esta conclusão. com a extinção da ordem pelos motivos mais ou menos concretos que conhecemos, em Portugal foram protegidos não se sabendo o porque, mas e mais ou menos evidente porque sendo eles donos de uma grande parte do território português, não seria agradável para a coroa perder esses territórios para o papado , criando assim uma nova ordem em tudo igual a outra também ela com sede em Tomar depois de uns anos em castro marim , todos os conhecimentos e riquezas dos templários. conhecimentos quais seriam esses conhecimentos cartas marítimas uma possibilidade bem grande o infante d Henrique grão mestre da ordem de cristo que viveu logicamente em Tomar sitio onde o d. João primeiro foi educado por ser filho bastardo do rei foi entregue ao grão mestre da ordem de cristo, dando assim inicio a segunda dinastia a de Avis, essa dinastia foi uma das mais marcantes do nosso território. O infante fez no castelo o seu passo e o claustro do cemitério, mandou abrir a 1 porta da charola que ate a data não existiria porta alguma remexendo em edifícios ou ruinas no que e hoje o paco ou melhor era porque esta ao abandono e nada e feito para o conservar. d Manuel quem mandou contruir grande parte do convento que nos conhecemos hoje, homenageando a própria ordem que mudando o nome seria os templários ou melhor os descobrimentos patrocinados por eles ou melhor a sua riqueza e conhecimento. voltando ao pseudo- documentário como lhe chama, a historia pode ser interpretada de varias maneiras dai o seu fascínio, todos os documentários exibem uma tese com base em factos mais ou menos discutidos, nos últimos anos com as novas tecnologias muita da historia do mundo e da humanidade esta a ser rescrita indo contra a verdade absoluta de muitos estudiosos… em Tomar nunca foram feitos estudos recorrendo a essas novas tecnologias, seria mais ou menos fácil descobrir se existe ou não uma cripta na charola se existe ou não tuneis entre eles claro o descoberto a uns anos junto a igreja santa maria dos olivais do qual existe fotos e noticias. esse tipo de pesquisas só poderá ser feitos por este tipo de pessoas estrangeiras com mais interesse na nossa historia que nos próprios. muito pode ser dito mas a cidade de Tomar não tem comparação com nenhuma outra na península no que diz respeito aos templários. o castelo e o convento tiveram muitos e muitos anos abandonados caindo em ruina muitas partes se estes documentários servirem para que nunca mais o nosso património seja deixado ao abandono e destruído para mim e para todas as pessoas em Portugal deveria ser motivo de orgulho e não alvo de chacota pois a verdade e que muitas das melhores pecas e escrituras existentes no convento de cristo ou estão em lisboa o nas mãos de colecionadores particulares, mas não os académicos do nosso pais apenas estão interessados em que a sua verdade a muito escrita não seja destruída por outra verdade, esse e o grande problema de muitos académicos. deixo aqui um apelo a camara de Tomar esqueçam a Porta da Condessa, deveriam focar sim na abertura ao publico da porta da almedina essa sim a porta principal do castelo esquecida ali no seu canto ignorada por muitos turistas e guias. e qual a logica de dizer que uma peca e falsa só porque nos da jeito, devemos de olhar com desconfiança sim mas não com uma mentalidade retrograda porque o que e hoje impossível amanha pode ser uma verdade absoluta.
TÁ COM PIADA!
Mas o que é que desta narrativa dos Templários não é fraude?
Quando o meu filho vivia seriamente as aventuras do “homem-aranha”, ou dos “Pókemóns”, ou lá do que fosse, eu nunca me atreveria a desiludi-lo. Isso mesmo: desiludi-lo. Quase do mesmo modo não tenho o direito de interpelar ninguém sobre as suas crenças, seja na senhora da Fátima, no Divino Espírito Santo ou na Santa da Ladeira. No caso das crianças, porque a fantasia e a brincadeira são mesmo fundamentais para a formação da personalidade. Quanto à crença religiosa, porque de facto a insegurança existencial e a explicação religiosa do mundo e das coisas sempre precisou e levou à construção de narrativas fortes e inquestionáveis, sempre colocadas como forma de conhecimento ao abrigo de qualquer crítica que o enfraqueça.
Esta narrativa dos Templários tem um pouco de tudo. é uma fantasia infantil (mesmo que propagada por velhos caquéticos) e tem uma gordura untuosa de crendice religiosa que a coloca a resguardo de qualquer olhar ou pensamento mais crítico, científico ou minimamente fundamentado.
Trata-se de uma narrativa com várias fontes e suportes. O primeiro tem que ver com essa moda ou essa praga do “romances históricos”. Como se sabe, salvo raras excepções (Almeida Garret, Umberto Eco, por exemplo), é literatura medíocre em que a vacuidade literária é efeitada e legitimada com falsidade histórica ao jeito das feiras “medievais” que por aí se faziam. Mas “prontos”: está ao nível de entendimento do comum dos mortais que tanto se embasbacam com a “festa templária” como com o “teatro” dos “Fatias de Cá”, é o mistério e a aventura histórica, trama e narrativa que faz de quem acha que entende um protagonista e quase herói de uma saga que quase só há nas suas cabecinhas. Mas não deixa de ser importante para eles, como o “homem-aranha ou os Pókemónes”.
A par do infantilismo e da ciência histórica herdada dos filmes de aventuras, esta conversata templária tem ainda uma outra fonte: o turismo. Enquanto uns acham que que apreendem o mundo percorrendo-o, seja de mapa turístico na mão, a pé ou de tuk tuk, em low cost ou em pacote a pagar em suaves prestações, outros, não sabendo bem o que são, descobrem-se herdeiros ou protagonistas de uns antepassados que não conhecem e entendem ser essa a razão de ser e o sentido de vida e o sentido histórico da sua terrinha e deles mesmos. E “prontos”: nunca mais se pode dizer mal dos templários.
Inventam-se tradições fortíssimas arreigadas na alma do povo do burgo, tão antigas que datam talvez do último quadro comunitário de apoio, festas templárias em que se embasbacam com um apagar da luz e descida a cavalo, com templários e templárias; fazem-se “ordens” e seitas na maior pureza do espírito templário; e até a cidade virou templária! O intelectuais de cá viram historiadores dos templários e tentam, explicar a coisa às criancinhas.
Tenho para mim que os pókémons e o homem-aranham eram muito mais sérios e úteis. A brincar, a brincar, ajudavam a crescer. Mas já esta coisa dos templários, parecendo ser tão (ridiculamente) a sério, embrutece e expressa uma infantilização cultural e identitária que não nos deixa sair de cá, onde continuamos a esbracejar e a gritar, principalmente uns para os outros, que somos muita’bons e que temos história e futuro.
Deprimente.
Não “tá com piada” – está com maldade. Sobre as novas ordens e seitas e ditos herdeiros, etc., penso que há muita parolice e algum oportunismo, mas nada que não caia por si. Já quanto à projeção de lama com uso de ventoinha – é maldade sua; admito que seja também má vontade e exercício de galhofa. Nada que não passe também.