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Estalagem de Santa Iria fechada há mais de três anos

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Já passaram mais de três anos após o encerramento da estalagem de Santa Iria, situada no parque do Mouchão em Tomar, e a unidade hoteleira continua fechada e em processo de degradação.

Propriedade da autarquia, a estalagem fechou portas a 12 de fevereiro de 2018. No mesmo ano, decorreu novo e polémico processo de arrendamento que culminou com a adjudicação ao consórcio Sólido Favorito, Limitada e Nélio Oliveira Duarte, de Leiria.

Apesar de sucessivas promessas por parte da câmara, o processo não avança e a estalagem continua fechada.

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5 comentários

  1. Exemplar da forma, cuidada e segura, como a Camara Municipal conduz os “seus” negócios.
    Já se entende melhor, assim com exemplos como este, o modo atabalhoado como tudo acontece em torno da Camara, em Tomar.
    Ou como não acontece nada, ou pouco acontece, de relevante, sendo isso testemunho da incapacidade municipal.
    Não basta aproveitar restos de dinheiros de outros projetos, para mandar projetar e fazer ciclovias e o embelezamento da Várzea.
    Isso não são obras, são apenas formas de gastar dinheiro e de agradar à vista dos eleitores.
    Neste caso, da estalagem, está em causa o que poderia ser o “salão de visitas” da Cidade, fosse como estabelecimento hoteleiro, fosse como edifício de uso municipal. .
    Apesar da degradação que reina no Mouchão, quase destruição, a estalagem poderia, e pode, ser algo de exemplar.
    Bastaria que a competência tivesse comandado o concurso de atribuição da concessão. Desde a formulação do concurso, à verificação da sua execução.
    À boa maneira desta Camara, reina o silencio. A Estalagem está fechada (e sem obras à vista), porque sim.
    Já agora, se alguém souber onde estão os quadros da Festa, da autoria de Maria Luísa Costa Rosa…para que o seu “desaparecimento” não caia no esquecimento.

    1. Caro Manuel Santos,

      Para que não se façam só críticas negativas, convém lembrar o processo exemplar do Convento de St. Iria, que apesar do pesado legado de António Paiva ( não o outro..para não recuarmos tanto ) que está quase concluído!!

  2. Muito oportuna esta chamada de atenção para aquilo que eu chamo o escândalo municipal da Estalagem de Santa Iria. Convém no entanto aprofundar um pouco, no sentido de procurar entender o problema. Que pela calada, parecendo que não, condiciona pela negativa grande parte dos candidatos a investir em Tomar.
    Ao princípio, quando o PS inesperadamente venceu por menos de 200 votos de diferença, a estalagem estava concessionada a uma empresa que na realidade era uma senhora com frequentes dificuldades de tesouraria, singularmente agravadas pelas obras da câmara paivina, que implicaram o encerramento da ponte de acesso.
    Prova disso é que a autarquia resolveu conceder-lhe um assaz longo lapso temporal sem pagamento da renda convencionada. A senhora habituou-se e foi pedindo mais prolongamentos sem pagamento de renda, até que Anabela Freitas perdeu a paciência, perante salvo erro os 8 anos decorridos sem pagamento, e decidiu despedir a concessionária. Não foi fácil. Houve até necessidade de ameaçar com o corte da água e da luz para forçar o despejo.
    Com o edifício devoluto, iniciou-se então o processo tendente a encontrar uma nova entidade empresarial para a continuação da actividade, naturalmente por concurso público. É a partir daqui que a actuação impecável da presidente começa a degradar-se seriamente. Parece ter havido um pouco de tudo. Incompetência, falta de coragem, oportunismo, esperteza saloia.
    Realizado o concurso, um dos concorrentes espalhou pela cidade que houvera batota, o que obrigou a segunda tentativa. Feita finalmente a arrematação, rebentou uma bomba. Um determinado sector administrativo da autarquia alegou que o concurso, organizado pelo sector financeiro, era ilegal, pois violava um plano de pormenor com início, imagine-se, no Açude de Pedra.
    Em vez de procurar desde logo sanar o problema, a câmara foi andando de Herodes para Pilatos e de Pilatos para Herodes, o que assarapantou os investidores envolvidos. Recordo-me que viajava então na Croácia com uns amigos deles, e de estes me terem dito que era inimaginável semelhante coisa em pleno século 21. Funcionários superiores de uma autarquia que acusam colegas da mesma autarquia de terem praticado deliberadamente uma ilegalidade! Pior ainda, muito pior, os eleitos da mesma autarquia que nada de eficaz fazem para ultrapassar o problema! Nem comissão de inquérito, nem rápida anulação e repetição do concurso público.
    A partir daqui, mesmo no centro da Europa, era evidente para aqueles companheiros de viagem que a questão da Estalagem de Santa em Tomar ia naufragar. E naufragou mesmo, como se pode ver três anos mais tarde. Uma vez que somos um país dito de marinheiros e Tomar a cidade onde tudo começou, como testemunha a cruz da Ordem de Cristo nas velas das caravelas e naus, é capaz de ser melhor chamar um almirante sabedor, capaz de pôr o negócio de novo a flutuar e depois a navegar. Assim como está, com o barco no fundo e os armadores muito desconfiados, não vamos lá. E os eleitores tomarenses podem muito bem perder a usual paciência. É bem sabido que as urnas eleitorais só falam em sentido figurado.

    1. Fiz ali o meu casamento e nove anos depois o batizado do meu filho.
      Agora com 5 anos de idade até me envergonho de lhes dizer que foi naquelas ruínas que os pais casaram e que ele foi batizado!
      Será que este caso não causa um pouquinho de vergonha na cara de quem está á frente dos destinos de Tomar!?

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