Já se sabe quem é o novo 2º comandante dos bombeiros de Tomar. O respetivo concurso, lançado pela câmara a 7 de abril, já terminou e em 1º lugar ficou Carlos Miguel Jerónimo Pereira, natural de Abrantes, mas a residir em Riachos.
Recorde-se que ao concurso candidataram-se 15 bombeiros, mas só oito chegaram à fase final.
Licenciado em Engenharia de Proteção Civil pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco, Carlos Pereira foi bombeiro em Abrantes e trabalha atualmente na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. É casado e pai de dois filhos.
Além dos requisitos gerais, exigia-se no concurso que os candidatos tivessem vínculo à administração local ou função pública, fossem licenciados e que tivessem pelo menos, quatro anos na área da proteção e do socorro e no exercício de funções ou de chefia.
O júri do concurso era composto pelo comandante dos bombeiros, Humberto Morgado, o comandante Sub Regional do Médio Tejo da Proteção Civil, David Lobato e Sónia Margarida Silva, chefe de unidade.
A remuneração a auferir pelo 2º comandante é de 2.293,46 euros.
Comentário:
De acordo com aquilo que se sabe, o 2.º Comandante dos Bombeiros, nomeado após o concurso público, é natural de Abrantes mas reside nos Riachos.
Não colocando em causa o seu profissionalismo, existe uma situação que devemos ter em conta: do comando dos bombeiros de Tomar, nenhum elemento reside em Tomar.
O primeiro comandante, Humberto Morgado, mora em Leiria e agora o 2º comandante também reside fora do concelho.
Esta situação por si só deve ser caso único. Em termos de ocorrências isto não acautela a unidade de comando.
No regulamento não se permite que os bombeiros residam fora do concelho, a não ser com autorização camarária.
Neste caso, um elemento do comando residir fora do concelho ainda podíamos tolerar (embora já seja grave), mas dois é de uma imensa gravidade. Em caso de uma ocorrência com gravidade e com as vias de comunicação cortadas no concelho, quem assegura a unidade de comando? A responsabilidade de um comando é de elevada importância, tanto assim que houve uma alteração nas carreiras e nos vencimentos dada a sua responsabilidade.
Esta situação acontece porquê? Não foi acautelado no concurso público a área de residência porquê? Foi um concurso feito à medida? É bom que seja investigado.
JMN