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Uma queimada controlada na tarde desta segunda feira, dia 17, na zona de S. Simão, Tomar, foi confundida com um incêndio, gerando algum alarme.
Afinal, trata-se de uma ação de limpeza de resíduos da floresta, devidamente autorizada e da qual os bombeiros têm conhecimento.
“Está tudo controlado”, referiu fonte dos bombeiros de Tomar.
Ao proprietário do povoamento florestal que executou a queimada assiste o direito de o fazer e esse direito deve ser respeitado, contudo, este procedimento é tecnicamente errado e favorece apenas a indústria química dos adubos.
Neste caso, “deitou-se fora o menino com a água do banho”.
Na gestão florestal deve ter-se em conta na exploração em talhadia, (rotação por corte da árvore com posterior regeneração do povoamento por rebentos do cepo) que as cascas e folhas das bicadas contêm os micronutrientes essenciais à continuidade da árvore. Queimando estes micronutrientes, eles terão de ser substituídos por adubação quimica.
Então, tecnicamente, qual é a solução?
Consiste no destroçamento e subsolagem destes sobrantes, ou até mantê-los em decomposição na manta morta.
Queima só é solução quando existam razões sanitárias para tal.
Enquanto decorria esta queimada vieram os ecologias da Zero dizer-nos, numa atitude ainda mais absurda que esta, que deveria ser limitada ou proibida a queima de lenha nas lareiras das casas rurais, por provocarem poluição do ar, aumentando a quantidade de partículas nocivas à saúde.
O que terão eles a dizer sobre estas queimadas?