
A Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária (PJ), com sede em Lisboa, desencadeou nos últimos dias uma grande operação em Ferreira do Zêzere.
Foi desmantelada uma estufa de cultivo ilegal de canábis, apreendidas cerca de duas mil plantas de canábis e detidos dois homens e uma mulher suspeitos de integrarem uma rede criminosa dedicada à produção e exportação de canábis.
A operação, denominada “Erva Doce”, foi o culminar de “uma investigação iniciada em 2022, após recolha de informação, sobre esta atividade criminosa”.
Ainda segundo o comunicado da PJ, esta “estufa de cultivo ilícito de canábis, em grande escala encontrava-se em plena laboração, funcionando no interior de armazém de grandes dimensões, equipado com sofisticados sistemas de controlo de temperatura, humidade, iluminação, rega, ventilação e extração forçada de ar, pretendendo maximizar a capacidade produtiva”.
Foram apreendidas cerca de duas mil plantas de canábis em diversas fases de maturação, tendo, também, sido apreendidos todos os equipamentos e diversa parafernália apropriada à produção referida, bem como duas viaturas automóveis, 12 telemóveis, uma pistola de calibre 7,65 devidamente municiada, centenas de munições do mesmo calibre e uma espingarda semiautomática de calibre 12.
No decurso da operação foram detidos dois homens e uma mulher, sobre os quais recaem fortes suspeitas de integrarem uma organização criminosa dedicada à produção e posterior exportação daquele tipo de estupefaciente.
Os detidos, dois estrangeiros e um português, com idades compreendidas entre os 45 e os 70 anos, foram presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial, tendo sido aplicada a medida de coação prisão preventiva, sendo que relativamente a um deles, o mais velho e de nacionalidade portuguesa, tal medida só durará até transitar para prisão domiciliária.