A ponte do Prado, a cerca de seis quilómetros de Tomar, foi inaugurada a 12 de junho de 1893. Completou na segunda feira, 130 anos.
A ponte, totalmente em pedra, foi construída junto à fábrica de papel do Prado para substituir uma travessia improvisada que ali existia.
Tem apenas uma via estreita que não permite o cruzamento de duas viaturas, pelo que o trânsito circula alternadamente. E isto acontece 130 anos depois da inauguração, sem qualquer alternativa viária.
Ao fim de mais de 200 anos de funcionamento, a fábrica de papel do Prado parou de laborar no dia 30 de junho de 2017, deixando no desemprego mais de 70 trabalhadores. Iniciou-se então o processo de insolvência que culminou com a venda e desmantelamento de todo o património da fábrica.
Situada na união das freguesias de Além da Ribeira e Pedreira, a unidade fabril ocupa uma área superior a 50 hectares à beira do rio Nabão, tendo uma área coberta de 25.465 m2.
Há cinco anos chegava ao fim a última fábrica de papel em Tomar, concelho que chegou a ter cinco fábricas de papel (Matrena, Porto de Cavaleiros, Prado, Sobreirinho e Marianaia).
Podia haver alternativa à ponte, motivo de susto para todos os camionistas que tinha que a atravessar com cargas de e para a fábrica. Bastava que no IC 9 tivessem mantido o nó de acesso junto a essa fábrica e que serviu durante o período de construção do próprio IC. Acontece é que as elites locais há muito entendem ser o turismo o futuro.