O caso mereceu uma longa reportagem publicada pela jornalista Fernanda Câncio no jornal Diário de Notícias do dia 27 de agosto.
Apesar de o procedimento estar garantido na lei, a diretora do serviço de ginecologia do hospital de Tomar, recusou fazer a laqueação de trompas a uma mulher que foi encaminhada para aquele serviço através do seu médico de família.
“Não vai laquear as trompas aqui nem em nenhum hospital público”. A citação faz título na reportagem de duas páginas no DN e é atribuída àquela responsável.
“Laqueação de trompas. Hospital de Tomar recusou procedimento garantido por lei” é o título na primeira página.
Sentindo-se violada nos seus direitos de mulher, Maria (nome fictício) expôs o caso primeiro através da Associação Escolha, a quem pediu ajuda.
Ao Notícias ao Minuto, a mulher contou que tem um filho de um ano e que apesar de reconhecer “que ainda é nova” estava certa da sua decisão de não querer ter mais filhos. No hospital, contudo, tentaram demove-la da sua decisão, quando, no dia 21 deste mês, recebeu uma chamada da diretora do serviço de Obstetrícia, Irene Caçador.
“A doutora ligou-me a dizer que não vão fazer o procedimento”, indicou Maria na mensagem enviada à Associação Escolha. “A explicação que deu é a que tenho apenas um filho, 32 anos e nenhuma condição médica que justifique. O que na verdade deviam ser critérios de aprovação segundo a lei em vigor“, explicou no NM.
Os responsáveis pelo hospital de Tomar argumentam que “não foi registada qualquer reclamação formal pela utente em causa desta denúncia enviada à comunicação social (seja através do Livro de Reclamações, seja por qualquer comunicação junto do Gabinete do Utente da ULS Médio Tejo)” para não tomar qualquer medida, refere o DN.
“Não vai laquear as trompas aqui nem em nenhum hospital público”
Hospital de Tomar nega laqueação. Maria quer denunciar “resistência”
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