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Julgamento de caso grave de violência doméstica já tem data marcada

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Em Tomar são poucos os que não conhecem a cabeleireira Filipa Rodrigues, a mulher de 43 anos que, em março de 2024, foi brutalmente espancada, torturada e violada pelo seu marido de 45 anos.

A primeira audiência do julgamento já tem data marcada: 12 de março no tribunal de Santarém.

Hélio Peres, camionista, preso preventivamente em Caldas da Rainha, vai responder pelos crimes que cometeu contra a sua mulher, atos de violência que chocaram a população de Tomar e tiveram eco a nível nacional.

Na altura o caso motivou a organização de uma manifestação contra a violência doméstica que levou centenas de pessoas às ruas de Tomar numa onda de solidariedade com a vítima.

Em março de 2024, Filipa, mãe de uma filha adolescente, foi torturada e violada pelo seu marido perto da barragem de Castelo do Bode e depois em sua casa em Delongo, na freguesia de Paialvo.

Segundo uma vizinha, o homem amarrou-a à cama, rapou-lhe parte do cabelo, arrancou-lhe sobrancelhas e pestanas, agrediu-a com violência, violou-a e cortou-lhe um dedo com uma tesoura de poda.

Durante mais de 10 dias Filipa esteve internada no hospital de S. José em Lisboa onde foi submetida a uma intervenção cirúrgica para recuperar o dedo que lhe tinha sido amputado.

A pouco e pouco regressou ao seu trabalho no salão de cabeleireira que mantém em Tomar.

Agora chegou a hora da justiça.

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