
O idoso que atropelou mortalmente Carlos Constantino, ex-chefe de divisão de recursos humanos da câmara de Tomar, em agosto de 2022, é acusado pelo Ministério Público de um crime de homicídio por negligência e um crime de omissão de auxílio.
O julgamento no tribunal de Tomar chegou a ter uma primeira sessão marcada para dia 21 de fevereiro, que acabou por ser adiada.
Tudo aconteceu no dia 23 de agosto de 2022, cerca das 7h00 da manhã, quando Carlos Constantino fazia a sua corrida matinal. Entre Carril e Outeiro, na estrada da Serra, foi colhido na berma da estrada por um Citroën C4 conduzido por um homem atualmente com 84 anos.
Segundo o despacho de acusação a que “Tomar na Rede” teve acesso, o corpo foi projetado a 27,5 metros ficando imobilizado na valeta com vários traumatismos.
Após o embate a uma velocidade de 97 km/h, o condutor seguiu viagem mesmo com o vidro da frente estilhaçado e com um buraco do lado direito.
No próprio dia do acidente mortal, a GNR conseguiu localizar a viatura e o condutor que ficou com termo de identidade e residência.
Carlos Constantino morava na localidade do Carril e acabou por perder a vida a escassas centenas de metros de sua casa, quando ia a fazer a sua corrida matinal.
Tinha 62 anos e foi um dos dirigentes que pertenceu à famosa “unidade de queimados” da qual faziam parte quatro dirigentes colocados “na prateleira” depois de o PS conquistar a câmara de Tomar em 2013.
Aposentado por invalidez desde 2019, colocou um processo em tribunal contra a câmara por assédio moral, processo que ainda não chegou a julgamento.