É negro o futuro da Escola Profissional de Tomar (EPT). A falta de alunos, problema que se agrava de ano para ano, leva os responsáveis a ponderar o fim do projeto iniciado há 31 anos.
Dos cinco cursos anunciados apenas três funcionaram no ano letivo anterior. Segundo apurámos, o curso de Cozinha-Pastelaria começou com 27 alunos e terminou com oito. Nos restantes cursos, Artes Gráficas e Gestão de Equipamentos Informáticos, a turma maior tinha 13 alunos. Fazendo as contas, são quase mais professores e funcionários do que alunos.
“Não espero milagres”, afirmou o próprio presidente da câmara, na última reunião do Executivo, questionado pelo vereador Tiago Carrão (PSD), sobre a situação da escola.
Hugo Cristóvão (PS) argumenta com a concorrência. Diz que nos dois agrupamentos de escolas (Templários e Nuno de Santa Maria) há mais de 300 alunos a frequentar o ensino profissional, “o dobro do que a Escola Profissional alguma vez teve”.
A juntar à falta de alunos, está a situação financeira da EPT que em 2022 fechou com resultado negativo de 77.500 euros, aproximadamente.
A promessa de mudança de instalações para o antigo colégio Nuno Álvares nunca foi concretizada.
São gerentes da EPT a vereadora Filipa Fernandes (PS) em representação da câmara, Nascimento Costa, em representação da Associação de Comerciantes ACITOFEBA e Carlos Mendes em representação da Nersant – associação empresarial.
A EPT foi criada a 29 de julho de 1993, por acordo entre Ministério da Educação e a câmara municipal de Tomar, funcionando na av. Cândido Madureira, no edifício conhecido por “Casa dos Tectos”.
Desde então teve sempre o mesmo Diretor Executivo, Horácio Gomes da Silva.
“Tomar na Rede” enviou um conjunto de questões à EPT e à câmara de Tomar (entidade com maior participação social na instituição) sobre a atual situação de escola e o seu funcionamento. Assim que recebermos as respostas, publicaremos.
A visão brilhante e a capacidade de iniciativa dos “acionistas” da EPT está bem patente nos lamentos e conclusões do presidente da Câmara.
Então, não é capas de ver o senhor presidente, que só com cursos diferentes e inovadores, e com corpo docente capaz, será possivel à EPT singrar e ser referencia no ensino profissional?
E sé agora anos após o desastre anunciado, é que tocam os alarmes e ecoam os lamentos?
fechem e juntem-se ao Iefp
Muita ganza se fumava naquela sala de professores.
Em 2022 com resultado negativo de 77.500€ e em 2023? e com vai o 2024? Quem vai pagar?
Dizem que tem quase mais funcionários do que alunos, então o que é que a incompetente Direção está à espera? Acabem com essa tristeza e rentabilizem esse imóvel!
QUEEEE MARAVILHA
Tá visto que o Sr Engenheiro é só de nome, mas a culpa não é só dele, tendo em conta que têm professores que em nada dignificam a escola nem para a profissão que ensinam.
Após o fim do ensino técnico mas Escolas Industriais e Comerciais, passando tudo a “liceu”, descobriram que era fundamental ter formações não superiores. Com o apoio da UE e dos governos “nasceram” novos cursos e com o tempo foram-se multiplicando: IEFP, escolas profissionais, escolas secundárias e, recentemente, politécnicos. Claro que é discutível se há candidatos e empresas para tanta escola. O que não é discutível é a incompetência de quem pensa no ensino em Portugal nas últimas décadas . Alguém falou na importância de cursos inovadores e corpo docente qualificado. E isso em Tomar? Para quê?
Quem é que acabou com as Escolas Comerciais e Industriais …. não foi o PCP ?
Não, não foi o PCP.
Poderia ter sido mas não foi.
Foi a reforma de 1973, do Ministro Veiga Simão, último ministro da educação do Estado Novo.