Os vídeos que foram gravados “há pelo menos três anos” no hospital de Abrantes mostram um enfermeiro a tratar mal doentes filmados sem autorização.
Segundo a recém-criada Unidade Local de Saúde (ex-centro hospitalar do Médio Tejo) os vídeos mostram “atos absolutamente condenáveis sobre doentes especialmente vulneráveis”. O enfermeiro identificado nas imagens, “associado a estes atos criminosos”, foi suspenso imediatamente.
Tudo começou quando na noite de quarta-feira, dia 10, o Conselho de Administração recebeu uma denúncia anónima. O email continha “diversos ficheiros que contêm filmagens vídeo ilícitas, sem consentimento ou conhecimento dos utentes, que desconhecem estar a ser captados”.
“Nessas filmagens são perpetrados atos absolutamente condenáveis sobre doentes especialmente vulneráveis, que colocam em causa o respeito e dignidade pela pessoa humana e a deontologia inerente à nobre missão da prestação de cuidados de saúde”, acusa a administração da Unidade Local de Saúde, que se diz “profundamente chocado e consternado com o teor destas filmagens” captadas em “vários locais de trabalho e internamento da Unidade Hospitalar de Abrantes”.
Na noite em que as imagens chegaram aos administradores, houve uma reunião de emergência onde foi decidido suspender o enfermeiro e instaurar-lhe um processo disciplinar com vista ao despedimento, bem como entregar todos os vídeos ao Ministério Público e formalizar queixa no tribunal.
Reconhecendo a gravidade da situação, a ULS Médio Tejo garante que está “comprometida em garantir que este tipo de situação nunca mais se repita, levando este caso até às últimas consequências”, ao mesmo tempo que pede desculpas aos utentes pelo sofrimento causado.
Comunicado do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo
No Portugal que eu gostava que fosse meu (no sentido de poder decidir sem oposição, mas decidir com justiça), e depois de apurada a verdade, esse enfermeiro seria sumariamente despedido e a sua carreira contributiva apagada., logo, pensão cortada, uma vez que os ilícitos praticados tiveram lugar no exercício de funções, e em condições especialmente gravosas para as vítimas.
Que fosse fritar faturas para a feira de Espinho, já que não tem queda para trabalhar na saúde…