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Câmara não cumpre a lei na obra da rua José Tamagnini e av. Egas Moniz

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A câmara de Tomar não está a cumprir a lei 59/2021, que estabelece o regime jurídico de gestão do arvoredo urbano, em relação à empreitada de requalificação da Rua José Tamagnini e que se estende à av. Dr. Egas Moniz.

Não há qualquer fundamentação técnica para o abate das cerca de 10 olaias que têm mais de 50 anos nesta avenida.

A câmara tem tentado ocultar os documentos desta obra e iniciou o projeto sem qualquer auscultação dos moradores.

“Tomar na Rede” teve acesso à memória descritiva da empreitada, que se resume a uma folha A4 e onde não há qualquer referência ao abate de árvores.

Também não são avaliadas quaisquer alternativas para a colocação do ecoponto que já justificaram o abate de uma árvore.

A Lei 59/2021 é clara no seu artigo 15.º: “Qualquer operação urbanística que interfira com o domínio público ou privado do município que contenha zona arborizada deve apresentar previamente um levantamento e caracterização da vegetação existente, designadamente das espécies e respetivos porte e estado fitossanitário”.

E no artigo seguinte refere: “As operações urbanísticas, independentemente da sua natureza, devem acautelar a preservação dos exemplares arbóreos existentes, salvo se, numa base de hierarquização da vivência do espaço público, se justificar a sua remoção, que deve ser fundamentada e documentada com fotografias do exemplar e da situação condicionante que justifica e enquadra a necessidade da sua remoção”.

Nada disto está a ser cumprido pela câmara de Tomar que atua com base na falta de transparência e no “achómetro”, como criticou uma cidadã.

Projeto rua jose tamagnini memoria descritiva

Lançada petição contra o abate de olaias na av. Egas Moniz

 

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1 comentário

  1. Já antes dessa lei a bitola estava definida, é ver no Google StreetView em frente aos correios como em 2019 as árvores estavam “secas e doentes”
    https://tomarnarede.pt/destaque/camara-abate-e-substitui-uma-dezena-de-arvores/

    Vê-se também outra modernidade, a substituição por pavimento em betão drenante “in situ” em todos os passeios antigos e para novos.. isso quer dizer que quando for preciso passar mais um cabo de alguma concessionária (água, gás, telecom, e-redes, etc etc) lá terá que se investir numa nova empreitada de retalhos (pode ser que na memória esteja mal explicado e que sejam peças, tipo pavê..)

    Haja dinheiro para fechar um pequeno troço de rua nem que seja para facilitar a vida aos promotores dos novos lotes, mas desfazer uma avenida que já existe nem pior nem melhor do que as demais, e com arvoredo frondoso como se pode ver
    Por isso é que água e esgotos fora da urbe é complicado, não dá para atender todos.. é a vida

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