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Câmara falha, não pede desculpa e ameaça retaliar

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Está a ser fortemente criticado o comunicado que a câmara de Tomar publicou sobre o problema da falta de autocarro no dia 6 para levar crianças do Centro Escolar de Casais a uma visita de estudo a Lisboa.

A forma arrogante e ameaçadora como a câmara reagiu às críticas dos pais por causa daquele problema, está a suscitar ainda mais polémica e revolta.

Em vez de adotar uma atitude humilde, reconhecer o erro e pedir desculpa aos pais e às crianças, a câmara, em concreto o vereador responsável pelo pelouro da educação, Hugo Cristóvão, optou por um comunicado onde tenta justificar a falha atribuindo culpas ao fornecedor do serviço e ameaça deixar de disponibilizar o autocarro nas atuais condições.

Na própria página da autarquia no facebook é possível ler algumas críticas que ainda não foram apagadas.

 

Texto do comunicado da câmara:

Nota pública da comunicação enviada ao Agrupamento de Escolas dos Templários sobre a não comparência de autocarro externo a visita escolar agendada para o dia 6 de abril, no Centro Escolar de Casais:

«Exmo Senhor Diretor,

Face à situação ocorrida no dia 6 de abril, com a falta do autocarro para a visita de estudo agendada para duas turmas do Centro Escolar de Casais, situação que lamentamos, informamos V.ª ex.ª de que:

– no dia 30 de março tomámos conhecimento da necessidade do autocarro municipal ter de parar durante três dias para manutenção em oficina;

– face à autorização para o aluguer dos respetivos serviços, foi solicitado orçamento no dia 31 de março a empresa do setor, que nos respondeu no mesmo dia;

– foram estabelecidos contactos telefónicos e por e-mail, entre os dias 31 de março e 1 de abril, no sentido de confirmar a receção do orçamento e a confirmação do serviço (como sabe, a contração pública está obrigada a todos estes procedimentos);

– No dia 05/04, às 16h42, foi enviada requisição externa n.º 876 por e-mail à empresa para a execução do serviço, procedimento igual a tantos outros já ocorridos.

Considerámos assim confirmada a adjudicação do serviço.

Lamentamos a situação e o incómodo provocados na comunidade escolar, não podendo deixar de referir que a possibilidade de falha só acontece porque o município oferece excecionalmente estas viagens às escolas, algo que talvez não seja suficientemente sublinhado em regularidade, e que ao longo de anos e muitas dezenas de viagens anuais tem decorrido sem falhas.

Ainda assim, esta situação que – desde logo tanto pelas muitas solicitações do autocarro municipal, como pelas dificuldades das empresas do setor – não podemos garantir absolutamente que não possa voltar a acontecer, vai obrigar a uma reflexão sobre a forma e as condições em como esta oferta é realizada às escolas.

Como já articulado com V.ª Ex.ª, o serviço de transporte, alugado e adjudicado para o dia 6 de abril, será executado no próximo dia 20 de abril.

Agradecendo a atenção e a comunicação aos encarregados de educação envolvidos, deixamos os melhores cumprimentos,»

Câmara “esqueceu-se” de crianças que iam fazer uma visita de estudo

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6 comentários

  1. Não se percebe a indignação a respeito do comunicado camarário. Cristóvão portou-se como é habitual no PS, tanto local como nacional. Não pediu desculpa, mas lamentou e ameaçou veladamente. Com o argumento de que a culpa não foi dele, mas do fornecedor do serviço. É sempre assim. Os eleitos PS nunca são culpados seja do que for. Arranjam sempre um bode expiatório.
    Agora que se aproxima a usual palhaçada a que chamam cumprir a tradição, e que consiste para o povo participante em levantar o braço e aplaudir decisões antes tomadas pela maioria PS local, já começou a confusão à moda de Tomar. Quem ousa dizer que não concorda com a atual modelo organizativo dos tabuleiros, é logo acusado de ser contra a Festa dos tabuleiros.
    Cumpre-se assim uma triste tradição, como mais de 50 anos. Antes do 25 de Abril, quando alguém ousava criticar algum detalhe, era logo acusado de ser comunista. Mudaram-se os tempos, mas em Tomar mantiveram-se as mentalidades. E depois admiram-se que haja cada vez mais habitantes a fazer as malas…

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