O vereador Hélder Henriques, eleito pelo PS para a câmara de Tomar, resolveu aproveitar o dia das mentiras, 1 de abril, para anunciar que iria abandonar o cargo.
“Depois de grande reflexão e consulta aos membros mais próximos da minha família decidi que chegou a hora de abandonar o Executivo Camarário”, informou o eleito num texto com vários erros de português e publicado já a meio do dia.
Além de se tratar de uma situação inédita na política tomarense (um eleito brincar com o seu cargo no dia das mentiras), é bem revelador do estado a que chegou o poder local em Tomar.
É simplesmente ridículo e de muito mau gosto aquilo que Hélder Henriques fez. É uma infantilidade, na senda dos comportamentos e atitudes infantis que o vice-presidente Hugo Cristóvão tem revelado.
Com aquela publicação, o eleito põe em causa a dignidade do cargo que ocupa. Se, de uma maneira geral, os políticos já têm pouco credibilidade, este tipo de comportamento não ajuda em nada para que haja maior respeito por eles.
Como chefe do Executivo, a Presidente da Câmara deveria dar o exemplo e censurar a brincadeira inqualificável do seu vereador.
Além deste problema da “infantilização dos adultos”, o autarca, ao mesmo tempo, não deixa de falar verdade a mentir.
As suas limitações para exercer aquelas funções são notórias desde a primeira hora. Até porque foi uma segunda escolha na lista do PS, ocupando o lugar que estava guardado para Anabela Estanqueiro.
Com o passar dos anos, foram-lhe sendo retirados pelouros ficando reduzido aos mais insignificantes, apenas para fazer número na maioria PS.
É penoso ver e ouvir nas reuniões de câmara o vereador a informar quantos cães ou gatos entraram e saíram do canil, quantos passes de combatentes foram emitidos, etc.
Mais penoso é ver que o vereador não percebe o papel que (não) está ali a fazer e o quanto está a ser usado pelo PS apenas para garantir maioria.
No dia seguinte, o vereador apagou a publicação original e veio esclarecer que sim, abandonará o Executivo “quando acabar o mandato, como é óbvio”. Enfim… ao nível a que a gestão camarária chegou!
O Hélder é bom rapaz, um pouco vaidoso, mas quem é que não tem defeitos? Quanto à sua falsa demissão, embora me custe ter de o dizer, não se perderia muito se fosse realidade…
Que comentário mais estupido e ordinário, o direito de expressão e de opinião, não pode ser subtraído às pessoas num estado democrático como o nosso. Quer dizer as pessoas fazem comentários do mais patético, depois não aceitam as opiniões dos outros.
Ó jeitoso, já deste hoje um beijinho ao teu namorado, o da malinha ao ombro e andar de “deixa-q’eu-chuto”?
A posição do vereador mostra a real politica tomatense que não é de hoje mas tem várias décadas. Realçar que a chamada oposição disfarça mas não é melhor.
Eu também acho a atitude reprovável, mas como é bom rapaz…