O tempo vai passando e os cidadãos continuam à espera de alguém que os defenda perante a câmara de Tomar.
Uma das promessas da maioria socialista desde 2013 era a criação da figura do Provedor do munícipe, mas o que é facto é que tudo ainda não passou do papel.
Em 2015 foi aprovado o respetivo regulamento que dois anos depois foi alterado. A presidente da câmara prometeu que iria propor um nome para Provedor do munícipe após a festa dos tabuleiros de 2019. E até agora nada foi feito.
O objetivo do Provedor do Munícipe de Tomar é “defender e promover os direitos, garantias e interesses legítimos dos munícipes junto dos órgãos e serviços municipais”
De acordo com o regulamento, o nome dessa figura é proposto pela presidente da câmara, e depois tem de ser aprovado pelo executivo e pela assembleia municipal.
A atividade do Provedor deve ser exercida “com independência e imparcialidade face aos órgãos municipais”.
O regulamento prevê que a pessoa escolhida para Provedor “tem direito à compensação exclusiva prevista na lei para o presidente da assembleia municipal, com o limite de duas senhas de presença por mês”. O presidente da assembleia municipal de Tomar ganha cerca de 100 euros por cada reunião.
Os cidadãos passariam a ter alguém a quem se podem dirigir para reclamar sobre os serviços ou decisões da Câmara. Mas, note-se que o provedor do munícipe não tem qualquer poder para decidir. É apenas uma “ponte” entre os cidadãos e a câmara.
De acordo com o regulamento “o provedor do munícipe deverá estar disponível para atender presencialmente os munícipes com periodicidade mínima de uma manhã, tarde ou noite, quinzenalmente e em local a ser publicitado no site do Município”.