Miguel Garcia Lopes, de 81 anos, figura marcante na história da Linhaceira, morreu ontem, dia 21, no hospital de Tomar.
Foi ele que, com o seu filho Nuno Garcia Lopes, escritor e técnico na câmara de Tomar, criou a Biblioteca de Temas Linhaceirenses, um portal na internet com a história desta localidade.
Era casado e pai de Nuno, Filipe e Luís Miguel, família a quem endereçamos sentidas condolências.
O funeral decorre neste domingo, dia 22, em Asseiceira, saindo da capela mortuária da Linhaceira para a igreja desta localidade onde se realizam pelas 15.30 horas as cerimónias religiosas, seguindo para o cemitério de Asseiceira.
Em novembro de 2016, Miguel Garcia Lopes foi capa do jornal Cidade de Tomar, numa entrevista que revela o seu trabalho em prol da comunidade mas também toda a sua dimensão humana. Na altura foi publicada a nota biográfica que a seguir transcrevemos:
“Miguel Garcia Lopes nasceu na Linhaceira em 1 de fevereiro de 1938. Exerceu a maior parte da sua vida profissional na Fábrica de Papel da Matrena. A música foi sempre uma das suas atividades preferidas, o que o levou a integrar a Banda do Regimento de Infantaria 15, como clarinetista. A falta de gosto pela vida militar ditou o fim de uma carreira musical profissional. O gosto pelos livros e pela escrita veio também desde cedo. Colaborou em vários jornais locais mas foi quando a vida profissional lhe deixou mais tempo livre que se abalançou, primeiro na compilação de um livro de crónicas, depois no estudo da História da sua terra, de que uma das facetas mais visíveis é o livro “Linhaceira e as suas escolas”. É a pessoa mais bem informada sobre a genealogia dos habitantes da Linhaceira e arredores e foi graças à sua influência que nasceu a Biblioteca de Temas Linhaceirenses. Foi professor de adultos na Linhaceira, nos anos 70, tendo ensinado a ler várias pessoas da geração anterior. Fez parte da comissão da construção da capela nova da Linhaceira e da comissão de construção do centro de dia, da comissão de moradores e da comissão de recenseamento eleitoral, a seguir ao 25 de Abril, entre muitas outras”.
