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Utentes exigem desmontagem dos pórticos das portagens na região

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A partir desta quarta feira, dia 1 de janeiro, são abolidas as portagens em sete autoestradas ex-Scut, incluindo a A13 e a A23, que atravessam a nossa região.

A luta pelo fim das portagens não fica por aqui, já que as comissões de utentes exigem o desmantelamento dos pórticos para que não haja a “tentação” de voltar a cobrar.

Manuel Soares, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos da Região do Médio Tejo, em declarações à agência Lusa diz que há “necessidade de serem desinstalados os pórticos, porque existe o receio de que, com uma nova conjuntura, as portagens regressem. Já que foram implantadas, mantidas e abolidas de uma forma estranha, vamos manter-nos alerta para o que possa vir a suceder”.

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Aponta ainda outro aspeto a cumprir: “É necessário melhorar a segurança nas vias e fazer a manutenção de algumas estradas secundárias, que ficaram muito degradadas com a excessiva utilização, por os condutores fugirem das portagens”.

Para aquela Comissão a abolição das portagens nas autoestradas 23 (A23) e 13 (A13), em 1 de janeiro, é uma “questão de justiça” e que tal se deve à contestação popular.

“Abolir as portagens é uma questão de justiça para as populações que, a determinada altura, foram obrigadas a pagar portagens para ter acesso a uma mobilidade de qualidade”, disse à Lusa o porta-voz da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Médio Tejo (CUSPMT), Manuel Soares, salientando uma “justa reivindicação popular” de 13 anos.

Ainda segundo o responsável, “os resultados destes 13 anos de aplicação das portagens nas autoestradas 13 [A13 — Autoestrada do Pinhal Interior] e 23 [A23 — Autoestrada da Beira Interior], nas antigas SCUT [vias sem custos para o utilizador] não foram nenhuns”, quer em termos económicos, sociais ou ambientais, “mais a mais não havendo alternativas à circulação do grande trânsito” rodoviário.

“As portagens na A23 e na A13 são um problema para a mobilidade de pessoas e bens e são um entrave ao desenvolvimento social e económico. Não contribuem para a coesão territorial, potenciam os problemas ambientais nas zonas urbanas e afetam a segurança rodoviária”, disse Manuel Soares, lembrando as reivindicações registadas através de abaixo-assinado, no qual a CUSMT recolheu cerca de 30 mil assinaturas na região, em duas ações de protesto.

A A23, também identificada por Autoestrada da Beira Interior, liga Guarda a Torres Novas.

A A13, ou autoestrada do Pinhal Interior, liga Coimbra à Marateca, ligando as sub-regiões de Coimbra, Leiria e Médio Tejo.

 

Fim das portagens na nossa região está próximo

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5 comentários

  1. É mais que evidente que a não remoção dos pórticos é uma via aberta para a reversão destas medidas que os partidos fascistas agora no governo tentarão o mais rapidamente possível…ou não fosse a política portuguesa um negócio de ciganos!

  2. Como já referi noutro lugar, a autoestrada A13 é uma autoestrada coxa, uma vez que lhe falta o troço entre Almeirim e o nó da Atalaia/Entroncamento. Quem conhece o tráfego rodoviário da N118 sabe bem o suplício que é conduzir entre Almeirim e Golegã, sendo que o ponto mais negro é o cruzamento da ponte da Chamusca onde eu já uma vez perdi cerca de 25 minutos…

  3. A bem da verdade, assim que a vontade dos políticos mude, estarem lá instalados os pórticos ou não, não fará qualquer diferença, eles começam a cobrar se já estiver tudo instalado, e se não estiver lá nada eles instalam muito rapidamente o que for necessário.

    Dito isto, finalmente os políticos (excepto PSD e CDS que votaram explicitamente contra) mostraram preocupar-se minimamente com as zonas interiores do país com uma medida que realmente irá beneficiar o interior e que poderá mudar as coisas para melhor no médio/ longo prazo, assim o PSD e o CDS não ganhem tamanha influência política que revertam as coisas de novo para ficarem outra vez mal como estiveram com a cobrança dos veículos que circulavam, e que deu cabo do desenvolvimento do interior do país por mais de uma década, e cuja influência certamente ainda se fará sentir por algum tempo.

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