A administração da IFM/Platex, indústria transformadora de madeira com sede em Valbom, Tomar, pretende alterar os horários de trabalho a partir de 6 de abril, medida que os trabalhadores contestam, falando em “exploração”. Na sexta feira, 27 de março, foi afixado nas instalações da empresa, o novo horário de trabalho: 12 horas por dia durante três dias e 8 horas diárias num quarto dia.
Em comunicado, o STCCMCS-Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e RA, afirma que “este processo de alteração de horário revela, uma vez mais, o ambiente que se vive nesta fábrica”. Considera ser uma “tentativa de impor a desregulação horária, o agravamento das condições de trabalho e a impossibilidade de conciliação com a vida familiar”. Para os sindicalistas “a empresa nem sequer respeitou os direitos de auscultação dos representantes sindicais e dos próprios trabalhadores envolvidos”.
Foi dado um prazo aos trabalhadores para se pronunciarem sobre os novos horários, mas a contestação, por escrito, não foi aceite.
Já esta semana, o sindicato solicitou uma reunião urgente para tratar o assunto e promete “desenvolver todos os esforços no sentido de agendar conversações com os acionistas da empresa (Grupo Investwood, com o Estado incluído) de forma a obter respostas sobre o futuro desta e de outras empresas do Grupo”.
Uma boa oportunidade para perceber se afinal as instituições funcionam de acordo com a publicidade que o governo, sobretudo o sr. Costa, tem feito.
Os trabalhadores da IFM só têm de fazer uma queixa à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) denunciando a situação, uma vez que parece não haver diálogo com a administração.
Há ainda outra questão inerente. Uma vez que, de acordo com a lei, não é permitido trabalhar mais de 5 horas consecutivas, um horário de 12 horas implica duas pausas, o que significa que os trabalhadores acabam por estar ao dispor da empresa 14 horas por dia.
E so exploradotes