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O emblemático prédio da Gráfica de Tomar, situado na rua infantaria 15, está à venda através da imobiliária Remax por 215 mil euros.
Trata-se de um prédio de três andares que se encontra bastante degradado. Tem uma área de 300m2.
A empresa “A Gráfica de Tomar de Jacinto Nunes, Lda.”, foi criada a 21 de março de 1921 e aquele prédio data de 1937.
A empresa cresceu e chegou a empregar dezenas de trabalhadores. Ali eram impressos o jornal Cidade de Tomar, livros, milhares de cartazes e outros materiais.
Funcionou como gráfica, papelaria e livraria até meados de 2007, altura em que entrou em processo de insolvência que culminou com a venda de todo o recheio da empresa.
Desde então o prédio encontra-se devoluto e em crescente estado de degradação.
Lembro-me de A Gráfica de Tomar ser uma casa de referência nesta cidade. Para além de ser uma oficina gráfica tinha balcão de venda ao público como papelaria e livraria, e uma montra digna de qualquer capital, tal a qualidade dos produtos exibidos. Vendia todo o tipo de papéis e livros escolares. Era um mundo. Chegou a ter 5 empregados de balcão. Foi lá que comprei no início dos anos 80 uma caneta Parker modelo charuto, com tampa em ouro, e de enchimento por êmbolo, para oferecer a uma amiga australiana que muito me ajudou quando cheguei a Cairns.
Alguns anos mais tarde veio ela cá, e com alguma amargura mostrei-lhe a loja onde comprei o presente que lhe ofereci, já encerrada.
Ainda hoje, décadas depois, ainda utiliza aquela caneta!
É bom que alguém pegue em prédios antigos como este, a degradarem-se e os recupere.
Que neste caso será os futuros proprietários investidores.