Um socorrista e motorista de uma empresa de transporte de doentes com sede em Fátima foi condenado a 20 meses de prisão, com pena suspensa, e proibido de conduzir durante um ano.
Tudo porque a ambulância que conduzia chocou com outro veículo no nó da A13 na Atalaia e o doente que ia na ambulância acabou por morrer. O acidente ocorreu em julho de 2018 e o processo judicial culminou agora com o acórdão do Tribunal da Relação de Évora, após um primeiro julgamento no tribunal de Santarém.
O condutor da ambulância, que tem problemas de visão, foi condenado por homicídio por negligência, sobretudo por não usar óculos. “O acidente ficou a dever-se, exclusivamente, à conduta do arguido que se dedicava ao exercício da condução, sem fazer uso dos óculos de correção que lhe estavam prescritos e agindo com total falta de cuidado, prudência, atenção e concentração que a condução de veículos automóveis requer e exige, como podia e devia ter feito, e, ainda, animado de velocidade que não lhe permitiu efetuar a correção da trajetória do veículo em espaço útil por forma a evitar o embate na viatura que seguia imediatamente à sua frente”, lê-se no acórdão.
O doente que estava a ser transportado na ambulância, um idoso de 91 anos que tinha sofrido uma queda em casa, acabou por morrer em consequência do acidente junto ao nó da Atalaia da A13, em Vila Nova da Barquinha, cerca das 6h43 do dia 23 de julho de 2018. Estava a ser transferido do hospital de Tomar para o de Abrantes.
O arguido iniciou-se como bombeiro voluntário aos 17 anos. Aos 21 anos começou a trabalhar como socorrista e motorista na mesma empresa onde ainda hoje se encontra. Tem 30 anos e vive com os pais.
O acórdão do tribunal pode ser lido aqui
Reportagem (vídeo) da TVI
Doente que seguia em ambulância morre após colisão na A13
