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A invasão das trotinetes

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Desde há um mês que a cidade de Tomar viu-se invadida por trotinetes nos locais mais inesperados.

Sem qualquer explicação, a câmara autorizou que fossem colocadas na via pública 65 trotinetes, não se sabe com base em que condições. Na sua crónica falta de transparência, a câmara não divulga o “Termo de Cooperação” assinado, em dezembro, com a empresa Fastbird Rides Portugal, Unipessoal Lda.

Na altura, a vereadora Célia Bonet (PSD) foi a única a votar contra porque, tratando-se de uma concessão, deveria ser aberta a todos os operadores interessados. Denunciou ainda o facto de o acordo não ter por base qualquer parecer jurídico.

A este propósito recebemos de um cidadão um email a dar conta da sua indignação pela forma como as trotinetes são abandonadas na via pública:

“Vejo diariamente dezenas de “trotinetes ” em cima dos passeios, tendo até em certas situações de fazer um desvio para passar. Hoje à saída da Ponte Velha à direita, onde se vira para o lado dos correios, estava uma estacionada pelo que os carros não se podiam encostar muito para poder passar. Liguei para a PSP, informei a situação (disseram que iam ver) mas entretanto perguntei: – Sr. agente se eu tivesse uma motorizada e a estacionasse no passeio era multado? Claro, respondeu. E estas trotinetes podem fazê-lo, porquê?

Fiquei a saber que há um contrato ou parceria com a nossa câmara e nem que as trotinetas estejam no meio da estrada, a PSP não pode autuar o responsável.”

José Santos

 

Porque é um assunto sobre o qual os tomarenses merecem uma explicação, “Tomar na Rede” publica o documento que a câmara não divulga, o contrato com a empresa das trotinetes:

Trotinetes partilhadas chegam a Tomar

Trotinetes surgem em locais improváveis (c/ fotos)

 

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3 comentários

  1. Muitas pessoas também se indignam só porque sim, o conceito das trotinetes é pegar e largar, podemos tomar a trotinete em qualquer lugar e deixá-la no sítio aonde o período de tempo terminar, penso que é assim que funciona. À saída da ponte velha em direção aos CTT, a trotinete se estava em cima do passeio, não estou a ver o transtorno para o carro passar, mas enfim. Quando se critica tudo o que se faz só porque sim, está tudo dito.

    1. Sou a favor de soluções de mobilidade sustentável. Não posso é estar a favor, jamais, quando as trotinetes andam por aí espalhadas sem locais específicos para as deixar. Mais, pergunto, caso haja um acidente com uma destas trotinetes, de quem é a responsabilidade? Se é pago um aluguer por um determinado período de tempo, mas sendo as trotinetes propriedade da Câmara Municipal, quem se responsabiliza? Se tivessem criado uma pista só para estas poderem circular, agora por entre o trânsito, é que não.

  2. Oh Rui que Deus nunca o meta numa situação de mobilidade reduzida, pois aí quero ver a sua não indignação contra as trotinetes largadas em qualquer lado… E o que você diz em nada é verdade a não ser que seja uma exceção em Tomar, pois nas muitas cidades europeias que conheço com partilha de trotinetes e bicicletas elas têm locais “estações” preferidos para estacionamento, e não ao” deus dara”

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