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Maternidade de Abrantes em risco de fechar

Proposta entregue ao Governo prevê o fecho da maternidade de Abrantes e da urgência pediátrica de Torres Novas, gerando forte contestação local.

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A maternidade de Abrantes poderá encerrar, a par da urgência pediátrica de Torres Novas, segundo uma proposta de reorganização dos cuidados agudos a grávidas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresentada recentemente ao Governo pela Comissão Nacional da Saúde da Mulher.

A informação foi avançada na sexta-feira, dia 26, pelo jornal Expresso, que detalhou ainda que a proposta prevê mobilidade de equipas em pelo menos 12 maternidades e alterações profundas no modelo de urgência regional na Grande Lisboa.

Médio Tejo no centro das mudanças

Na Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULSMT), que integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, os peritos propõem alterações estruturais. Atualmente, a obstetrícia funciona em Abrantes, enquanto a pediatria e neonatologia estão localizadas em Torres Novas. Para Caldas Afonso, coordenador do grupo de especialistas, esta divisão “não faz sentido e não pode continuar”.

Reação dos utentes

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo reagiu de imediato e já solicitou uma reunião ao presidente do conselho de administração da ULSMT para obter esclarecimentos sobre o possível encerramento dos dois serviços.

Em comunicado, a comissão alertou que “estas propostas podem afetar a prestação de cuidados de saúde por dois prestigiados serviços da ULSMT, nas unidades hospitalares de Abrantes e Torres Novas”.

Mobilização popular em preparação

Além da reunião, está também previsto um encontro com a ministra da Saúde. A comissão de utentes anunciou ainda que, nos próximos dias, será lançado um abaixo-assinado dirigido ao Ministério da Saúde, exigindo a manutenção em funcionamento da maternidade de Abrantes e da urgência pediátrica de Torres Novas.

Segundo os organizadores, a expectativa é recolher “muitos milhares de assinaturas”, como prova da vontade das populações. Paralelamente, estão planeadas diversas ações de informação e mobilização para defender aqueles que são considerados serviços “essenciais” para toda a região.

Futuro em aberto

O Governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o futuro da maternidade de Abrantes nem da urgência pediátrica de Torres Novas. Até à decisão final, cresce a incerteza quanto ao impacto que a reorganização poderá ter no acesso a cuidados de saúde materno-infantis no Médio Tejo.

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